Brasil lidera o otimismo Econômico

Exceto o Uruguai todos os países analisados registraram melhora no ICE

O Brasil lidera o otimismo Econômico entre os países da América Latina. Os dados do Indicador de Clima Econômico (ICE) subiu no terceiro trimestre de 2023, com contribuições positivas do Indicador da Situação Atual (ISA) e do Indicador das Expectativas (IE). Depois do Brasil está o México.

O ICE da América Latina passou de 65,8 pontos para 99,6 pontos entre o 2T23 e o 3T23e de 2023, uma alta de 33,8 pontos entre os dois trimestres citados.

O ISA subiu 33,6 pontos no período, atingindo 85,7 pontos. O IE fechou o 3º trimestre em 114,2 pontos, uma alta de de 33,9 pontos. O IE passou, portanto, da zona de expectativas desfavoráveis para favoráveis. O ISA continuou na zona de avaliação desfavorável, mas a sua variação entre os trimestres foi maior do que a do IE. Logo, a melhora do ICE foi liderada pela variação do ISA.

A melhora dos indicadores está associada aos resultados das duas maiores economias da região: Brasil e México.

O ICE do Brasil passou da zona desfavorável (58,8 pontos) para a zona favorável (121,4 pontos) registrando uma variação de 62,6 pontos entre o 2º e o 3º trimestre de 2023. O ICE do 3º trimestre é o maior desde o 4º trimestre de 2012 (125,3 pontos naquela ocasião). A principal contribuição para a alta foi dada pelo componente relacionado à situação presente.

O ISA subiu 71,4 pontos entre o 2º trimestre (28,6 pontos) e o 3º trimestre (100,0 pontos). É o melhor resultado desde o 2º trimestre de 2012 (116,1 pontos). O ISA passou da zona desfavorável para a zona neutra. O IE saiu da zona desfavorável e registrou 144,4 pontos no 3º trimestre, um aumento de 51,5 pontos em relação ao trimestre anterior.

“A trajetória de queda na taxa de inflação, a aprovação do Arcabouço Fiscal e da Reforma Tributária, além das revisões na projeção do PIB seriam algum dos fatores explicando esses resultados. A Sondagem foi realizada antes da queda na taxa Selic pelo Banco Central, o que pode ser entendido como um outro fator positivo. Observa-se, porém, que ainda falta regulamentar as reformas e que o ICE poderá ser impactado pelos resultados obtidos ao final do processo, no 4º trimestre”, explicaram os técnicos da FGV/IBRE.

No México, as variações entre o 2º e o 3º trimestre foram de 33,0 pontos (ICE); 39,3 pontos (ISA); e, 26,8 pontos (IE). Todas as variações foram inferiores às do Brasil, no entanto, todos os indicadores passaram da zona desfavorável para a favorável.

No ranking dos Indicadores de Clima Econômico do 3º trimestre, o Brasil ocupou o 2º lugar e o México, o 3º. No caso do ISA, o México ficou em segundo lugar e o Brasil, em terceiro; no caso do IE, o Brasil ficou na 4ª posição e o Mexico na 7ª posição. Logo, apenas na avaliação da situação atual, o indicador do Brasil é inferior ao do Mexico.

“No México, assim como no Brasil, a queda no preço das commodities levou à queda na taxa de inflação junto com a valorização da moeda mexicana. Em adição, deslocamentos nos fluxos de investimento diretos dos Estados Unidos e da China para o México são apontados por diversos analistas como um fator positivo para o Brasil, em especial, e México como as maiores economias da região explicam a melhora dos indicadores da Sondagem da América Latina”, pontuaram.

Resultado Geral

No entanto, o cenário geral é de melhora. Exceto o Uruguai, todos os países analisados registraram melhora no ICE. Na zona favorável, constam Paraguai, Uruguai, Brasil e México. Na avaliação da situação atual, três países pioram (Colômbia, Peru e Uruguai), um fica estagnado (Equador) e seis melhoram (Brasil, México, Paraguai, Bolívia, Argentina e Chile).

Na zona favorável estão México e Paraguai. Em relação ao IE, todos os países melhoram e estão na zona favorável, Paraguai, Uruguai, Peru, Chile, Brasil e México.

A melhora dos indicadores na região se reflete na revisão dos PIBs da região. Exceto Peru, Uruguai, Chile e Argentina, todos os outros países elevaram a projeção dos seus PIBs, sendo a maior variação a do Brasil (+ 1,2 pontos percentuais).

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