“A Bolsa segue longe do esperado, operando atualmente na faixa dos 100 mil pontos, desde junho deste ano”
Recentemente, com grandes oscilações na economia, questiona-se como ficará a Bolsa de Valores daqui para a frente, se seguirá na mesma média, ou crescerá. Um dos pontos cruciais que está segurando os 100 mil pontos, com poucas evoluções, é a tensão entre EUA e China.
Após diversas reviravoltas, as duas potencias chegaram a um acordo parcial. Outro grande fator foi a tensão geopolítica entre Arábia Saudita e Irã após ataques à refinaria Aramco, o que afetou a produção mundial de petróleo. Atualmente, com a crise entre os dois países que lideram o mercado, há o medo de uma recessão global. Com as oscilações, o dólar fechou pela primeira vez, um mês inteiro acima dos R$ 4, apesar do crescimento da Bolsa quando se fala em aumento no número dos investidores e uma alta de 19% no Ibovespa, a mesma segue longe do esperado pelos analistas, operando atualmente na faixa dos 100 mil pontos, desde junho deste ano.
Com a Bolsa operando em leve baixa, questiona-se o que falta para que o crescimento seja alavancado. Para a Sócia-Diretora da FB Wealth, Daniela Casabona, é necessário que haja credibilidade por parte do governo, com intuito de atrair os investidores internacionais. Além disso, com a aprovação das reformas, a economia deve se mostrar forte e estável. “As reformas devem passar, para que a economia se mostre mais forte e estável. Apesar do mercado já dar como certa a reforma da previdência, sem a efetiva aprovação, outras reformas ficam em compasso de espera”, afirma. Casabona avalia que, atualmente, o mercado estrangeiro não tem interesse nos mercados emergentes, como o Brasil, já que é um investimento arriscado e de baixa rentabilidade. “Hoje, muitos estrangeiros não querem investir em países emergentes, como o Brasil, por exemplo, que demonstra alto risco e pouco retorno”, aponta.
Segundo a Sócia-Diretora da FB Wealth, falta constância no mercado para que a Bolsa, de fato, deslanche. “Para atrair estes investidores, falta constância. Essa ansiedade com os mercados globais, faz com que a bolsa brasileira não consiga sair desse patamar de 100 mil pontos”, explica. Para ela, a economia se baseia nas expectativas do mercado, logo, quanto mais inconstante, menos pessoas querem investir. “A economia é baseada em expectativas, quanto mais incerto é um determinado mercado, menos investidores querem entrar”, ressalta Daniela Casabona.