A BB Seguridade (BBSE3) conseguiu estabilizar o lucro do terceiro trimestre, mesmo diante da crise econômica provocada pela Covid-19 e do efeito do juro baixo sobre seus resultados financeiros, e previu melhora operacional no fim de 2020.
Braço de seguro e previdência do Banco do Brasil, a BB Seguridade reportou nesta terça-feira lucro ajustado de R$ 1,096 bilhão para julho a setembro, em linha com um ano antes e acima dos R$ 982 milhões do trimestre anterior.
BBSE3: desempenho operacional
O desempenho operacional do grupo acelerou para 7,9%, apoiado sobretudo pelos negócios de previdência e capitalização, compensando a queda de 36% do resultado financeiro, refletindo a queda da Selic para a mínima histórica de 2% ao ano.
“O resultado veio quase em linha com o orçamento previsto inicialmente para este período, o que mostra que conseguimos absorver bastante os efeitos da pandemia e do juro baixo”, disse à Reuters o presidente-executivo da companhia, Marcio Hamilton Ferreira.
Segmento seguros
No segmento de seguros, os prêmios emitidos cresceram 20,4% ano a ano, para 2,9 bilhões de reais. A sinistralidade registrou aumento de 3,7 pontos percentuais, refletindo principalmente maiores sinistros ligados à Covid-19.
A arrecadação de previdência somou 11,95 bilhões de reais, abaixo dos 12,324 bilhões de reais de da mesma etapa de 2019. Maior operadora de planos de previdência complementar do país, a Brasilprev tinha reservas de 298 bilhões de reais em setembro.
Segmento capitalização
No caso do segmento de capitalização, a arrecadação cresceu 19,2% ano a ano e 39,4% na medição sequencial, para reservas de 8,2 bilhões de reais no final de setembro.
Em relatório a clientes, a equipe do Itaú BBA afirmou que o lucro ajustado da BB Seguridade veio 15% acima do previsto e reforçou sua recomendação de ‘outperform’ para a ação, com preço justo de 40 reais.
Num dia de forte recuperação das bolsas, a ação da BB Seguridade avançava 4,15%, a 24,66 na B3, às 13h04. No mesmo horário, o Ibovespa subia 1,84%.
Previdência
De acordo com Ferreira, a companhia está diversificando sua prateleira de produtos de previdência e começará nos próximos meses a distribuí-los em plataformas de terceiros, enquanto busca se reposicionar num mercado em que rivais menores têm ofertado fundos atrelados a ativos de maior risco, para atender clientes em busca de maiores rentabilidades no longo prazo.
“Começamos a ofertar produtos mais modernos, contratamos gestores para nossa plataforma aberta e vamos começar a distribuir mais nossos fundos em outros canais fora do Banco do Brasil”, disse Ferreira.
Na semana passada, a Reuters publicou que a XP Seguros, braço da XP na previdência complementar, persegue a meta de ser líder desse mercado em 2023.
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