Banco Daycoval reporta lucro líquido de R$1,21 bi, alta de 23%

O banco Daycoval obteve lucro líquido recorrente de R$ 338,5 milhões no quarto trimestre, um aumento de 17,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em 2020 como um todo, o banco lucrou R$ 1,212 bilhão, com alta de 23,2%, um desempenho bem melhor do que o esperado no início da pandemia.

O banco fechou dezembro com R$ 36,629 bilhões na carteira de crédito, um salto de 18,4% em três meses e de 33,9% no ano. Desse total, R$ 28,193 bilhões correspondem ao crédito a empresas, impulsionado pelo PEAC-FGI (Programa Emergencial de Acesso a Crédito, que conta com amparo do Fundo Garantidor para Investimentos). O banco fez R$ 8,23 bilhões operações na linha emergencial assegurada por recursos do Fundo Garantidor de Investimentos do BNDES.

Daycoval

O Daycoval era um dos poucos bancos que já ofereciam crédito atrelado ao FGI antes da crise, o que o beneficiou. “A gente já tinha familiaridade com o produto. Na hora em que surgiu o PEAC, fomos muito ágeis”, afirma Ricardo Gelbaum, diretor de relações com investidores.

Apesar do crescimento da carteira, o banco preservou o conservadorismo habitual. O Daycoval terminou 2020 com R$ 1,5 bilhão em provisões contra calotes, dos quais R$ 574 milhões na forma de provisões adicionais. O caixa correspondia a duas vezes o patrimônio líquido.

A inadimplência recuou para 1,7% em dezembro, vinda de 1,9% em setembro. Houve alta de 0,2 ponto percentual em relação ao fim de 2019. “A inadimplência surpreendeu todo mundo. Não apareceu, mas pode aparecer mais para o fim do ano se a economia não responder”, afirma Gelbaum.

Carteira PJ

O crédito a pequenas e médias empresas cresceu com força no Daycoval nos últimos meses de 2020, quando o banco respondeu com agilidade à retomada da economia. A instituição teve lucro líquido recorrente de R$ 338,5 milhões no quarto trimestre, um aumento de 17,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em 2020 como um todo, lucrou R$ 1,212 bilhão, com alta de 23,2%, um desempenho impensável no início da pandemia.

“Estávamos provisionados e líquidos. Quando vimos que a economia ia andar, a gente foi rápido”, afirma o diretor de relações com investidores, Ricardo Gelbaum, o que o executivo atribui em parte aos esforços de digitalização feitos nos últimos anos.

Uma das molas propulsoras da carteira foi o Programa Emergencial de Acesso a Crédito (Peac), linha emergencial com cobertura do Fundo Garantidor de Investimentos (FGI) do BNDES. O Daycoval fez R$ 8,23 bilhões em operações para empresas na modalidade, respondendo sozinho por quase 10% do programa.

O Daycoval era um dos poucos bancos que já ofereciam crédito atrelado ao FGI antes da pandemia, o que o beneficiou. “A gente já tinha uma certa familiaridade com o produto”, diz o executivo.

Com esse impulso, o banco fechou dezembro com R$ 36,629 bilhões na carteira de crédito, um salto de 18,4% em três meses e de 33,9% no ano. Do total, R$ 28,193 bilhões correspondem a operações com pessoas jurídicas, que avançaram 23,9% no trimestre e 43,1% em 12 meses. O Daycoval também cresceu no consignado e teve um desempenho mais lento no financiamento de veículos.

A margem financeira líquida ficou em 11,7% no quarto trimestre, com redução de 2,4 pontos percentuais frente ao mesmo intervalo de 2019, em termos ajustados e recorrentes. Houve, no entanto, um aumento de 0,3 ponto percentual na comparação com o terceiro trimestre, num indicativo da melhora do ambiente de negócios.

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