Banco Central Europeu mantém juros em 4,5%

Conselho reitera o compromisso de atingir a meta de 2% na inflação

O Banco Central *Europeu manteve a taxa de juros em 4,5% ao ano. A decisão do Conselho foi anunciada nesta quinta-feira (26) em Atenas, Grécia.

“Ainda se espera que a inflação permaneça elevada durante demasiado tempo, e as pressões internas sobre os preços permanecem fortes. Ao mesmo tempo, a inflação caiu consideravelmente em setembro, incluindo devido a fortes efeitos de base, e a maioria das medidas da inflação subjacente continuou a abrandar”, citou o Conselho no comunicado.

O Conselho do BCE está determinado a assegurar o retorno atempado da inflação ao seu objetivo de médio prazo de 2%. “Com base na sua atual avaliação, o Conselho do BCE considera que as taxas de juro diretoras estão em níveis que, se forem mantidos por um período suficientemente longo, darão um contributo substancial para esse fim.  As futuras decisões do Conselho do BCE assegurarão que as taxas diretoras sejam fixadas em níveis suficientemente restritivos, durante o tempo que for necessário”, disseram.

O Conselho do BCE explicou que vai seguir uma abordagem dependente dos dados na determinação do nível e da duração adequados da restritividade. Mais especificamente, as decisões do Conselho do BCE sobre as taxas de juro continuarão a basear‑se na avaliação das perspectivas de inflação, à luz dos dados económicos e financeiros que vão sendo disponibilizados, da dinâmica da inflação subjacente e da força da transmissão da política monetária.

Taxas de juro diretoras do BCE

A taxa de juro aplicável às operações principais de refinanciamento e as taxas de juro aplicáveis à facilidade permanente de cedência de liquidez e à facilidade permanente de depósito permanecerão inalteradas em 4,50%, 4,75% e 4,00%, respetivamente.

Programa de compra de ativos

A carteira do programa de compra de ativos (Asset Purchase Programme – APP) está diminuindo a um ritmo comedido e previsível, dado que o Eurosistema deixou de reinvestir os pagamentos de capital de títulos vincendos.

No que diz respeito ao programa de compra de ativos devido a emergência pandêmica (Pandemic Emergency Purchase Programme – PEPP), o Conselho do BCE tenciona reinvestir os pagamentos de capital dos títulos vincendos adquiridos no contexto do programa até, pelo menos, ao final de 2024. “Seja como for, a futura descontinuação gradual da carteira do PEPP será gerida de modo a evitar interferências com a orientação de política monetária apropriada”, pontua o Conselho do BCE, que reafirma o compromisso de aplicar flexibilidade no reinvestimento dos reembolsos previstos no âmbito da carteira do PEPP, a fim de contrariar os riscos para o mecanismo de transmissão da política monetária relacionados com a pandemia.

Operações de refinanciamento

Como os bancos estão reembolsando os montantes dos empréstimos obtidos no contexto das operações de refinanciamento de prazo alargado direcionadas, o Conselho do BCE avaliará regularmente a forma como estas operações e a continuação do reembolso das mesmas estão contribuindo para a sua orientação da política monetária.

Por fim, o Conselho do BCE reiterou que está preparado para ajustar todos os instrumentos, no âmbito do seu mandato, com vista a assegurar que a inflação volte para o seu objetivo de 2% no médio prazo e a preservar o bom funcionamento da transmissão da política monetária. “Além disso, o Instrumento de Proteção da Transmissão está disponível para contrariar dinâmicas de mercado desordenadas, injustificadas e passíveis de representar uma ameaça grave para a transmissão da política monetária em todos os países da Zona do Euro, permitindo, assim, ao Conselho do BCE cumprir mais eficazmente o seu mandato de estabilidade de preços”, finalizou o Conselho no comunicado.

Neste momento, a presidente do BCE, Christine Lagarde, detalha a decisão em coletiva de imprensa em Atenas, Grécia.

*Todas as informações são do comunicado do BCE

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