O Banco Central do Japão manteve a taxa de juros inalterada, ou seja, em -0,10%. A decisão surpreendeu o mercado, já que a autoridade monetária dava sinais nas recentes declarações de que poderia trazer a faixa para o positivo com o aumento da inflação.
“O BOJ aplicará a taxa de juro negativa de -0,10% aos saldos das taxas diretoras em contas correntes detidas por instituições financeiras no banco. Para a taxa de juros de longo prazo, o BOJ comprará uma quantidade necessária de títulos do governo japonês (JGB) sem estabelecer um limite máximo, de modo que os rendimentos dos JGB a 10 anos permaneçam em torno de 0,0%. A decisão foi por unanimidade”, diz a autoridade monetária no comunicado.
O banco vai continuar permitindo que os rendimentos dos JGB a 10 anos flutuem na faixa de cerca de mais e menos 0,5 pontos percentuais do nível-alvo, enquanto conduzirá o rendimento e o controle de curva com maior flexibilidade. Ao mesmo tempo, o banco responderá com agilidade à evolução da atividade econômica e dos preços, bem como às condições financeiras.
Na coletiva, o presidente do BOJ, Kazuo Ueda, disse que os membros do banco não podem prever quando a inflação vai atingir os 2% de forma sustentável, mas seguirão com a taxa principal negativa em conformidade com o cenário. A inflação geral dos preços ao consumidor desacelerou marginalmente para 3,2% em agosto, depois dos 3,3% de julho.
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