Banco Central autoriza Mercado Livre atuar como instituição financeira

Banco Central autoriza Mercado Livre atuar como instituição financeira

O Banco Central (BC) autorizou ontem (9) o Mercado Livre atuar como instituição financeira, por meio da companhia Mercado Crédito Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimento, com sede em São Paulo e capital social de R$ 40 milhões.

Segundo o Globo, este não é o primeiro movimento do gigante argentino do comércio eletrônico no mercado financeiro do país. Em 2018, o Mercado Pago, também pertencente ao Mercado Livre, conseguiu autorização do BC para atuar como instituição de pagamento.

Em comunicado, o vice-presidente do Mercado Pago, Tulio Oliveira, afirmou que a nova autorização permite ao grupo maior autonomia para formular produtos e serviços financeiros e de crédito.

 “Além disso, poderá acessar fontes de financiamento diferentes, que complementarão a estratégia de funding da companhia”, afirmou Oliveira.

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Conforme o jornal, na semana passada, a companhia divulgou os resultados do terceiro trimestre do ano, com lucro líquido de US$ 15 milhões. Com a expansão do comércio eletrônico durante a pandemia, a companhia se tornou a mais valiosa da América Latina.

Para agilizar a logística, a empresa inaugurou seu terceiro centro de distruibuição no país, em Lauro de Freitas, na Bahia.

E-commerce

A escalada dos negócios online a reboque da pandemia da Covid-19 levou o Mercado Livre a novos recordes operacionais no terceiro trimestre, com a companhia acelerando investimentos em logística para manter o ritmo para as vendas de final de ano.

O maior portal de comércio eletrônico da América Latina reportou na quarta-feira (4) que o volume de vendas (GMV) chegou a US$ 5,9 bilhões entre julho e setembro, avanço de 62,1% em dólar e 117,1% em moeda constante, com o total de usuários únicos ativos subindo 92,2%, a 76 milhões.

Além disso, o volume de pagamentos em seu braço financeiro Mercado Pago deu saltos de 91,7% em dólar e 161,2% em moeda constante, a US$ 14,5 bilhões.

Com isso, a receita líquida da companhia com sede na Argentina evoluiu 85% em dólar e 148,5% em moeda constante, atingindo o recorde de US$ 1,1 bilhão. A operação no Brasil, que representa 55% do total, alcançou 610,7 milhões, alta de 56,6% em dólar e de R$ 112,2%.

A companhia fechou o trimestre com lucro líquido de US$ 15 milhões, resultando em lucro líquido por ação de US$ 0,28, segundo o balanço. Analistas, em média, esperavam lucro de US$ 10,5 milhões para o Mercado Livre no período, ou US$ 0,17 por ação, segundo dados da Refinitiv.

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