A Azul (azul4) disse nesta quarta-feira (16) que espera que os voos domésticos em 2021 ultrapassem os níveis de 2019, uma previsão otimista que sugere que a economia do país superou o impacto da pandemia no setor de viagens aéreas.
O presidente-executivo da Azul, John Rodgerson, disse que os voos internacionais continuarão em baixa. Mas a Azul é uma companhia aérea amplamente focada em rotas domésticas e voa para mais destinos brasileiros do que qualquer rival.
AZUL: executivos
Depois da grave crise provocada pela pandemia de covid-19, que praticamente paralisou o setor aéreo, a Azul reagiu e já faz planos para ampliar sua presença no mercado regional brasileiro.
O diretor vice-presidente de Receitas da Azul, Abhi Manoj Shah, disse que, nesse ritmo, a Azul poderá superar a capacidade doméstica do primeiro trimestre de 2019 no início do ano que vem. “O que fez a Azul recuperar de forma tão rápida a oferta foi a nossa flexibilidade (da frota). Estamos muito felizes com a Azul Conecta”, disse o executivo, referindo-se ao braço de aviação regional da empresa. A estratégia por trás do negócio está no modelo de frota flexível, que leva a companhia para praticamente todos os aeroportos do País com aviões a partir de 9 lugares.
O diretor presidente da Azul, John Peter Rodgerson, lembrou que os seus concorrentes concentram 90% da oferta doméstica em São Paulo, Rio de Janeiro ou Brasília. Na Azul, esse porcentual é de 30%. Enquanto isso, mais de 70% das rotas das Azul são exclusivas, o que reduz a disputa por preços.
Rodgerson frisou que o mercado brasileiro ainda é pequeno. Por aqui, em 2019, foi registrado apenas 0,5 voo per capita. No México, esse indicador ficou em 0,8, na Colômbia, em 0,9, no Chile, em 1,3 e nos EUA, em 2,8. “Se o mercado do Brasil crescer para o número do México, vamos ter potencial de crescimento da Azul em 2,3 vezes. Se equipararmos o País ao Chile, podemos crescer 7 vezes.”
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