A agência de classificação de risco de crédito S&P elevou nesta segunda-feira de CCC- para CCC+ a nota atribuída à companhia aérea Azul (AZUL4), com perspectiva estável.
Em nota, a S&P atribuiu a decisão à perspectiva de menor pressão de liquidez nos próximos 12 a 18 meses sobre as finanças da companhia, que recentemente fez uma emissão de R$ 1,7 bilhão em debêntures conversíveis em ações, além da renegociação de contratos, incluindo de arrendamento de aeronaves.
“A maior posição de caixa disponível e a recuperação da demanda por viagens domésticas posicionaram melhor a empresa para enfrentar as atuais incertezas quanto à recuperação do setor no curto prazo”, afirmou a S&P.
Afetada fortemente pelas medidas de isolamento social para conter a pandemia da Covid-19, a Azul chegou a ter cerca de 90% dos voos suspensos entre março e abril. Para este mês, a companhia estima que terá cerca de 80% dos voos retomados.
AZUL: Voos
O setor aéreo brasileiro está entre os poucos no mundo que não paralisaram totalmente seus voos, mesmo no período mais crítico da pandemia de covid-19, e tem sido um dos países com recuperação mais rápida no mundo, afirmou em webinar nesta segunda-feira o presidente da Azul, John Rodgerson.
“Este foi um ano para sobreviver. Sobrevivemos. A aviação no Brasil está voando mais rápido que qualquer lugar no mundo. Nós da Azul voamos 85% da malha doméstica em novembro e vamos fazer mais em dezembro e em janeiro”, afirmou Rodgerson. A companhia opera atualmente 700 voos por dia.
O executivo ponderou que as empresas reduziram custos e renegociaram dívidas para manter as operações neste ano. “Temos dívidas de 2020 que terão que ser pagas e para isso teremos que ser rentáveis daqui para frente”, afirmou.
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