Políticos voltaram a pressionar a Petrobras (PETR4) para voltar atrás e baixar o preço da gasolina. Depois do presidente Jair Bolsonaro fazê-lo ontem em um evento, desta vez Arthur Lira, presidente da Câmara, o fez em rápida coletiva à imprensa na câmara, nesta quinta-feira (17).
O político destacou que o aumento de preços veio em um momento de volatilidade. “É lógico que a Petrobras não pode ficar com sua política de preços que está em vigência com valores defasados, para não termos desabastecimento e outras consequências. Mas é claro que quando o dólar e o petróleo baixam e a gente não recuar no aumento, é sem sombra de dúvidas uma incapacidade da Petrobras em dar uma resposta rápida ao povo brasileiro”, afirmou.
O problema é que o argumento dele está “defasado”: o petróleo do tipo Brent sobe 8,48% nesta quinta-feira, batendo US$ 106,3 por barril, e levando a gasolina a subir 6,87% no mercado internacional. A queda do petróleo da última semana já voltou, em uma fácil demonstração de quão volátil está o mercado no momento por conta da guerra entre Ucrânia e Rússia e o surto de Covid-19 na China, que ameaça desacelerar a economia global.
Já o dólar está em queda, é verdade, mas vem oscilando entre R$ 5,00 e R$ 5,15 há algum tempo, e não parece ter muita força para sair dessa trajetória. A queda do dólar ainda permite que a Petrobras segure o preço – e segurou, esse foi apenas o segundo aumento do ano. Parece que não há vontade dentro da Estatal de seguir o jogo político e abandonar a política de paridade de preços, que está sob ataque de todos os principais candidatos da eleição deste ano: Bolsonaro, Lula, Ciro Gomes, e mais recentemente, Sérgio Moro já criticaram e sinalizaram mudanças.
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