ANÁLISE: PNAD Contínua e o resultado

Queda na taxa de desocupação para 9,1%

A taxa de desocupação medida pela PNAD Contínua recuou novamente, saindo de 9,3% para 9,1% no trimestre móvel encerrado em julho, a menor desde dezembro de 2015.

Pelo nosso ajuste sazonal, a taxa de desemprego manteve-se estável em 9,3%.

A mensalização da média móvel indica taxa de desemprego de 8,8% em julho ante 9,3% no mês anterior.

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A taxa de desocupação medida pela PNAD Contínua recuou novamente, saindo de 9,3% para 9,1% no trimestre móvel encerrado em julho, em linha com a mediana do mercado e a o menor desde dezembro de 2015. A taxa de desemprego com nosso ajuste sazonal manteve-se estável em 9,3% quando comparado ao trimestre anterior.

A taxa de participação, por sua vez, registrou leve alta para 62,7%.

A mensalização da média móvel da taxa de desemprego totalizou 8,8%, abaixo dos 9,3% registrados no mês anterior.

A taxa de participação apresentou nova alta de 0,1 p.p na comparação mensal, atingindo 62,7%. Esse é o maior valor para a série desde o período pré-pandemia. A população ocupada avançou 0,4% em relação ao mês anterior e atingiu 98,7 milhões de pessoas, recorde da série histórica. Em relação ao mesmo período de 2021, a população
ocupada avançou 8,8%, o equivalente a 8,0 milhões de pessoas. O aumento da população ocupada no mês ocorreu, principalmente, pelo avanço nas contratações do setor público (162k).

O rendimento real médio atingiu R$ 2.693, alta de 2,9% quando comparado ao trimestre anterior, mas apresenta queda de 2,9% na comparação anual (ante 5,1% na divulgação anterior). Entre as categorias pesquisadas, a construção civil (-0,2%) e transporte, armazenagem e correio (-1,9%) foram os únicos a registrar queda em relação
ao trimestre móvel anterior. Destaque de alta para o setor agropecuário, que apresentou avanço de 3,9% no rendimento real médio.

Apesar de demonstrar alguma desaceleração, o mercado de trabalho continua reportando forte desempenho ao longo do ano. O aumento da população ocupada, que atingiu recorde, dá suporte para a recuperação observada na renda média habitual, além de favorecer a atividade econômica, apesar da alta inflação continuar prejudicando
o nível de renda observado quando comparado ao ano anterior. Entretanto, o alto patamar da taxa de juros deve prejudicar o desempenho observado até aqui, desacelerando a forte queda na taxa de desemprego registrada.

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