ANÁLISE: IPCA e a queda

Resultado ficou acima das expectativas da equipe dp modal

O IPCA de agosto registrou queda de 0,36%, ligeiramente acima de nossas expectativas (-0,39%) e do mercado pela mediana da Bloomberg (-0,40%).

Em suma, a deflação observada é fruto da queda nos itens que sofreram redução de impostos. Indicadores cíclicos, não obstante, seguem pressionados pela demanda agregada aquecida, o que nos leva a manter nossa projeção de lenta convergência da inflação à meta em meio à Selic terminal de 13,75%.

Comentário:

O IPCA de agosto registrou queda de 0,36%, ligeiramente acima de nossas expectativas (-0,39%) e do mercado pela mediana da bloomberg (-0,40%).
Pelos grupos, destaque para Transportes com queda de 3,37% por conta dos contínuos cortes na gasolina.

Comunicação, no entanto, passa a ganhar notoriedade com queda de 1,10% na medida em que o repassasse do corte do ICMS começa a se concretizar. Note-se também Habitação que reverteu queda de 1,05% com avanço de 0,10%.

Administrados tiveram deflação de 2,55%, mais forte do que nossa estimativa (-2,43%), por conta dos preços de combustíveis. Livres, por sua vez, apresentaram alta de 0,39%, 3bps superior ao antevisto, entretanto desacelerando frente a julho (0,65%).
Alimentação no Domicílio foi uma surpresa positiva ao mostrar alta de apenas 0,01%, em linha com a expectativa de estabilização dos preços, porém de forma mais acelerada do que previsto. Alimentação Fora do Domicílio, por outro lado, teve avanço de 0,89% (vs. 0,82% julho).

Serviços também mostraram desaceleração mais forte do que o estimado, registrando alta de 0,28% (vs. 0,79% julho). Subjacentes, porém, mantiveram-se pressionados em 0,73% por mais que em linha com nossas estimativas (0,75%). Já Industriais assim como sua leitura Subjacentes permanecem elevados avançando, respectivamente, 0,80% e 1,56%.

Por fim, a difusão voltou a acelerar (65,2% vs. 62,8% anterior), tal como a média dos cinco núcleos acompanhado pelo BC (0,65% vs, 0,54% anterior.).

Em suma, a deflação observada é fruto da queda nos itens que sofreram redução de impostos. Indicadores cíclicos, não obstante, seguem pressionados pela demanda agregada aquecida, o que nos leva a manter nossa projeção de lenta convergência da inflação à meta em meio à Selic terminal de 13,75%.

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