ANÁLISE: IPCA-15 e a queda

Surpresa da inflação com preços dos combustíveis

O IPCA-15 de setembro registrou queda de 0,37%, abaixo de nossas expectativas (-0,23%) e do mercado pela mediana da Bloomberg e do Broadcast (-0,20%).

Em suma, apesar da surpresa em relação as expectativas de mercado, observa-se queda maior do que esperado em Transportes, atrelado a cortes de combustíveis, e Comunicação, em função do corte do ICMS. Serviços, Industriais e subjacentes permanecem pressionados devido a demanda aquecida, corroborando nossa visão de riscos altistas no médio prazo.

Comentário:

O IPCA-15 de setembro registrou queda de 0,37%, abaixo de nossas expectativas (-0,23%) e do mercado pela mediana da bloomberg e do broadcast (-0,20%).

Destaque para Transportes que registrou deflação de -2,35%. Comunicação surpreendeu ao indicar um repasse superior do corte do ICMS apesar das discussões contrárias. Por fim, a maior surpresa veio do grupo Alimentação e Bebidas que recuou 0,47% ante expectativa de -0,02%, proveniente de Alimentação no Domicílio mais fraca (-0,86%) e Alimentação fora do Domicílio mais arrefecida (0,57%).

Pelas aberturas, Administrados registraram queda de -1,66%, acima das nossas expectativas e do mercado apesar da leitura de Transportes mais negativa. Livres, contudo, surpreendeu com inflação registrada de 0,07%, especialmente em função da queda observada em Alimentação.

Serviços, apesar da desaceleração ante agosto, segue pressionado com alta de 0,33%. O mesmo pode ser dito para subjacentes que avançaram 0,57%, ligeiramente acima do esperado (0,52%). Já industriais registraram aumento de 0,32%, com subjacentes acelerando frente agosto (1,02% vs 0,78% anterior).

Por fim, a difusão apresentou queda (59,95% vs. 65,12%), tal como a média dos cinco núcleos acompanhados pelo BC (0,46% vs 0,56%).

Em suma, apesar da surpresa em relação as expectativas de mercado, observa-se queda maior do que esperado em Transportes, atrelado a cortes de combustíveis, e Comunicação, em função do corte do ICMS. Serviços, Industriais e subjacentes permanecem pressionados devido a demanda aquecida, corroborando nossa visão de riscos altistas no médio prazo.

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