O minério de ferro subiu mais de 5% na China, devido a alta inflação e aumento do preço ao produtor (PPI). Entretanto, no pré-mercado americano, as ADRs da Vale caíram em cerca de 1% hoje (9), enquanto as de sua concorrente Rio Tinto e BHP chegam a se desvalorizar mais de 2%.
A queda se dá devido ao forte ritmo da inflação chinesa. O PPI, que está em 9%, bateu recorde como o maior em mais de 12 anos, superando as estimativas. A alta se deu em detrimento do aumento de commodities e pressões inflacionárias globais.
Inseguranças do mercado
Segundo alguns especialistas, esse cenário gera certos medos. O receio é que o governo chinês aperte ainda mais sua oferta de crédito, que por sua vez tem auxiliado a restabelecer a economia e impulsionado o preço das commodities.
Dessa forma, alguns investidores acabam se preocupando com as medidas de estímulo e com a possibilidade delas superaquecerem, e por consequência aumentar a inflação global. Isso poderia forçar bancos centrais a restringir a política monetária, o que limitaria a recuperação.
Além disso, há possibilidade de que, com o aumento dos preços na China, uma maior intervenção sobre o mercado de minério de ferro também subam.
Alta do índice PPI
Nesta quarta-feira (9), a Agência Nacional de Estatísticas divulgou que o PPI (índice de preços ao produtor) da China subiu 9%. Era esperado uma alta de até 8,5%, após alta de 6,8% em abril.
A alta do índice bateu recorde como maior desde 2008. Todavia, o aumento se deu devido ao preços do petróleo, minério de ferro e metais não ferrosos, de acordo com Agência Nacional de Estatísticas.
Em suma, após a divulgação dos dados de inflação, a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma informou que o país asiático vai monitorar todos os movimentos de preços das commodities e aumentar as previsões para manter a ordem no mercado.