No restante do resumo corporativo da Guide Investimentos estavam: Yduqs (YDUQ3), JBS (JBSS3), CSN (CSNA3) e Itaúsa (ITSA4).
Acompanhe o resumo e as análises
Yduqs (YDUQ3)
A Yduqs divulgou o resultado do 3T23 ontem após o fechamento do mercado. Em linhas gerais os dados ficaram em linha com o esperado. Dada a forte alta das ações nos últimos meses, acreditamos que a desaceleração da receita e Ebitda pode frustrar alguns investidores. A Yduqs divulgou ainda um “guidance” para o Ebitda do 4T23, de R$ 329 a 361 milhões. Pelo ponto médio do guidance, o Ebitda no 4T23 cresceria ~10% A/A, também menor que o crescimento do 3T23 (+14% A/A).
A receita de R$ 1.297 milhões (+14% A/A) ficou em linha com o esperado. A base de alunos cresceu 11% A/A, com destaque para a evolução da base digital e também dos cursos “premium” (medicina e Ibmec). O ticket médio aumentou cerca de 7%, com destaque para o crescimento de ~9% no Ibmec. O Ebitda de R$ 467 milhões (+14% A/A) também ficou em linha com o esperado. A margem ficou estável em 36%. O lucro de R$ 93 milhões (+480% A/A) ficou um pouco abaixo do esperado.
“Levemente negativo. Apesar do crescimento elevado dos resultados e dos números em linha com o esperado, os números da Yduqs ficaram abaixo da média do setor.”
JBS (JBSS3)
A JBS divulgou os resultados do 3T23 ontem após o fechamento do mercado. Mais uma vez, os resultados mostraram melhora trimestral, confirmando que o pior momento pra empresa foi no 1T23. Do lado negativo, os números ficaram levemente abaixo do esperado.
A receita líquida da JBS foi de R$ 91.410 milhões (-8% A/A), ainda negativamente afetada pelas vendas fracas principalmente da Seara e JBS Brasil. Do lado positivo, as vendas da JBS US Beef e JBS US Pork mostraram boa evolução.
O lucro bruto voltou a aumentar sequencialmente e atingiu R$ 11.052 milhões ante R$ 9.888 milhões no 2T23: em particular, a queda no preço dos grãos está permitindo aumento das margens nas operações de carne branca (suíno e aves) nos EUA.
Por outro lado, os preços elevados do gado seguem pressionando as margens nas operações de carne vermelha, tanto no Brasil quanto nos EUA. O Ebitda de R$ 5.409 milhões (-43% A/A) ficou em linha com o esperado. Como pode ser visto na figura acima, o Ebitda ainda está bastante abaixo do nível do 3T22, mas já mostra sinais claros de recuperação. O lucro de R$ 573 milhões ficou abaixo do esperado e foi negativamente afetado por despesas financeiras elevadas e maior pagamento de imposto.
“Neutro. Apesar dos números terem ficado levemente abaixo do esperado, a empresa manteve a trajetória de rápida recuperação nos resultados, o que deve continuar nos próximos trimestres.”
CSN (CSNA3)
A CSN divulgou os resultados do 3T23 ontem após o fechamento do mercado. Os números ficaram em linha com o esperado. Assim como havia ocorrido no 2T23, os resultados foram melhores na operação de mineração que na operação de siderurgia: a CSN Mineração representou 70% do Ebitda apesar de gerar apenas 39% da receita.
A receita de R$ 11.125 milhões (+2% A/A) ficou em linha com o esperado. O Ebitda de R$ 2.815 milhões (+4% A/A) ficou um pouco acima do esperado, impulsionado pelos bons resultados na operação de mineração: além de volumes maiores, a receita foi favorecida por preços maiores do minério, favorecendo o aumento da rentabilidade.
“No segmento de siderurgia, a margem continuou em queda em função da pressão da concorrência internacional e aumento das importações. O lucro de R$ 914 milhões (-62% A/A) ficou abaixo do esperado e foi negativamente afetado por despesas financeiras elevadas.”
Itaúsa (ITSA4)
Na noite de ontem, após o fechamento do mercado, a Itaúsa divulgou seu resultado referente ao 3T23. Em termos financeiros, o resultado não traz muitas novidades, uma vez que o portfólio da holding é composto majoritariamente por empresas listadas que já haviam divulgado seus balanços.
Dentre os destaques, a companhia apresentou um lucro líquido recorrente de R$4,6 bilhões, um crescimento anual de 29,3%, sendo atribuído principalmente ao ganho de capital oriundo da alienação de 1,6% do capital da XP por R$ 1 bilhão no 3T23, reduzindo participação para 2,7%. Com isso, a companhia entregou um ROE Recorrente Ajustado de 23,4%, cerca de 2,9 p.p. acima do 3T22.
“Neutro. Na nossa visão, o resultado não trouxe muitas novidades. Conforme apontado pela gestão há algum tempo, a preservação da estrutura de capital e a manutenção de níveis de liquidez adequados eram umas das principais metas deste ano para a holding.
Dessa forma, o desinvestimento estratégico na XP tem papel relevante neste aspecto, contribuindo para reduzir o endividamento da holding, dado aquisições recentes relevantes, como a última da participação em CCR. Por fim, dada a composição mais concentrada do portfólio, sendo Itaú a grande participação da companhia, contribuindo por mais de 80% do resultado, mais de 90% do ativo total, perspectivas e nível de desconto da holding, ainda preferimos exposição direta as ações do Itaú em relação a Itaúsa.”