Guide eleva o target do Ibovespa para 150 mil pontos em 2023

Mudança ocorreu com o fim do ciclo de juros altos

Com o Ibovespa mantendo a sequência acima dos 110 mil pontos, a equipe da Guide Investimentos optou por aumentou o target para o índice principal em a 150 mil pontos já para 2023.

Acompanhe as justificativas

“Acreditamos que o Ibovespa deve manter a tendência de alta dos últimos meses em função do fim do ciclo de aumento de juros (e início de um ciclo de redução de juros em 2023) e em função do crescimento do lucro das empresas.

Acreditamos que o lucro por ação (LPA) do Ibovespa deve apresentar leve crescimento nos próximos dois anos em função, principalmente, do crescimento do lucro das empresas com foco no mercado doméstico (Ibovespa Ex-Commodities).

Historicamente, o lucro por ação deste grupo cresceu ao redor de 10% ano e acreditamos que esta tendência será mantida nos próximos anos (na verdade, há risco dos números serem melhores que a média histórica). Por outro lado, as empresas produtoras de commodities como Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4), devem apresentar uma leve contração nos lucros em função da queda no preço das commodities, particularmente petróleo e minério de ferro (as mais relevantes para as empresas listadas na bolsa).

Como já destacamos anteriormente, o “valuation” do Ibovespa está bastante descontado. Isto tanto no grupo de produtores de commodities como no grupo de empresas voltadas para o mercado doméstico. Uma das razões para isto é o juro alto atualmente no Brasil.

A queda dos juros em 2023 deve fazer com que o valuation aumente dos atuais 6,9x para 9,5x em nossos cálculos (ainda abaixo da média histórica). Estes dois fatores juntos, aumento no lucro por ação (LPA) do Ibovespa mais aumento na relação preço/lucro (P/E) explicam nosso target de 150 mil pontos para o Ibovespa ao final de 2023.

O maior risco para este cenário positivo segue sendo os riscos de recessão nos Estados Unidos e Europa. O aumento da inflação e, consequentemente, dos juros nos americanos vão continuar pressionando os mercados por algum tempo. Contudo, acreditamos que boa parte das perdas já estão incorporadas aos preços e uma crise de grandes proporções é improvável neste momento. Historicamente, crises graves como em 2008 e 2002 estiveram associadas há algum tipo de excesso (ou bolha) na economia, o que não ocorre atualmente”, finalizaram.

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