O resumo da Guide Investimentos vem com as análises dos balanços de Direcional (DIRR3), Pague Menos (PGMN3), entre outras.
Direcional (DIRR3)
A Direcional reportou uma receita líquida de R$605mi (em linha com o consenso), impulsionada principalmente pelo maior volume de vendas (+14% T/T e +9% A/A) e pela maior pocagem das obras em andamento. Entretanto, o aumento dos preços de venda e a estabilização dos custos de construção conduziram a margem bruta da Direcional para 36.5% (+0.8p.p. vs Consenso), com um lucro bruto de R$221mi (em linha com o consenso).
A empresa apresentou uma deterioração marginal na comparação trimestral, de modo que o SG&A em relação a receita líquida foi de 15.3% para 16.0%, por conta da realização do pagamento de comissões de vendas referentes ao final do 1T23, o que já havia sido anunciado pela companhia previamente.
O lucro líquido foi de R$74mi, superando marginalmente as projeções do mercado. companhia reportou um lucro líquido de R$74mi (+6% T/T, +30% A/A e em linha com o consenso), em razão de: expansão da receita líquida e margem bruta; melhora no seu resultado de equivalência patrimonial; e redução da participação de minoritários no resultado da companhia.
“Marginalmente Positivo. A companhia reportou um forte resultado, superando marginalmente as estimativas de margem bruta e lucro líquido do consenso.”
Pague Menos (PGMN3)
Performance operacional ofuscada por deterioração do resultado financeiro. A Pague Menos reportou uma receita líquida de R$2.8bi (+37% A/A e +4% vs Consenso), com crescimento de 12% em Pague Menos standalone, enquanto a margem bruta recuou 0.8p.p. em razão da menor inflação de medicamentos e menor representatividade de serviços no mix de vendas.
Ademais, a representatividade do SG&A em relação a receita líquida da companhia permaneceu estável, permitindo que a companhia entregasse um EBITDA de R$153mi (+16% A/A e em linha com o consenso), com uma margem de 5.4% (-1p.p. A/A e em linha com o consenso). O efeito da elevada taxa de juros sobre a posição de dívida da companhia resultou em uma deterioração do resultado financeiro da companhia, que atingiu R$-103mi (vs -R$46mi no 2T22). Diante disso, a companhia reportou um prejuízo líquido de R$3mi (em linha com o consenso).
A companhia apurou a captura de R$25mi de sinergias com a Extrafarma em EBITDA incremental neste trimestre, em razão de ganhos de margem bruta, otimização tributária e redução de despesas a partir da reestrutura organizacional, com o processo de integração mais acelerado do que o previsto.
Além de divulgar os seus resultados referentes ao 2T23, a companhia anunciou um aumento de capital no montante de R$328-400mi, a R$4.26/ação (vs R$4.24 cotação atual) com o intuito de reduzir a sua alavancagem, que atualmente se encontra em um nível de 3.1x DL/EBITDA, e de otimizar a estrutura de capital da companhia para permitir a execução do seu plano de expansão de abertura de 120 novas lojas no ano de 2024.
“Neutro. A companhia apresentou um resultado neutro, em linha com as expectativas do mercado. Por sua vez, o anúncio de aumento de capital deve contribuir para uma melhora no resultado financeiro e, por conseguinte, no lucro da companhia ao longo dos próximos trimestres, todavia, dado que é o segundo aumento de capital da companhia neste ano, o anúncio poderia não ser bem recebido pelo mercado.”
Vivara (VIVA3)
Forte performance da Life contribui para expansão do top-line, margem bruta. A Vivara reportou uma receita líquida de R$560mi (+19% A/A e em linha com o consenso), impulsionada principalmente por: SSS de 4.9%; e crescimento de 144% da receita bruta das lojas Life, em razão da abertura de 41 novos pontos de venda (equivalente a um crescimento de +117% na área de vendas) e SSS de 38%. Ademais, a companhia reportou uma expansão de +2p.p. de sua margem bruta devido à maior representatividade de vendas da Life e ao menor volume de perdas, dada a internalização da purificação de metais na fábrica de Manaus.
Vivara registra lucro líquido de R$110mi (+24% A/A e +9% vs Consenso. Em decorrência da expansão do top-line e do ganho marginal de alavancagem operacional, com a redução de 1p.p. do SG&A em relação a receita líquida, a companhia entregou um EBITDA (ex-IFRS 16) de R$132mi (+32% A/A), com uma margem de 23.6% (+2.3p.p. A/A). Diante disso, a Vivara obteve um lucro líquido de R$110mi.
“Neutro. A companhia reportou um forte resultado, o que já era esperado pelo mercado.”
JSL (JSLG3)
O resultado do 2T23 foi principalmente impactado pela aquisição da IC Transportes. Com a consolidação, a margem EBITDA da companhia caiu de 20,3% no trimestre passado para 20,1%. Queda foi pequena; mas esperamos que com ganhos de sinergia suas margens aumentem.
Além disso, no período, foi anunciado a aquisição da FSJ Logística (sujeita à aprovação do CADE) que fortalecerá o transporte de cargas fechadas no “Middle Mile” (B2B) para varejo e e-commerce, adicionando R$ 300 milhões à Receita Bruta da JSL.
EBITDA Ajustado foi de R$ 358,5 milhões, crescimento de 43,0% vs 2T22, desconsiderando os efeitos contábeis positivos pela aquisição da IC Transportes. Com a aquisição o EBITDA cresceu 100,3%. Empresa vem conseguindo aumentar seus resultados fortemente através da sua estratégia de aquisições.
A dívida líquida/EBITDA terminou o trimestre em 2,74x patamar bem confortável para a companhia. Há espaço para mais aquisições a frente.
“Positivo. O resultado foi muito acima do esperado pelo mercado. Obviamente o principal motivo foi a incorporação da IC Transportes que surpreendeu. Espero reação positiva ao resultado de hoje.”
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