Carrefour (CRFB3) e Telefônica Brasil (VIVT3) no resumo corporativo

Prio (PRIO3) também está entre as análises

Com a safra de resultados financeiros pesada, a equipe da Guide Investimentos selecionou para as devidas análises os resultados de Carrefour (CRFB3) e Telefônica Brasil (VIVT3), entre outros.

Acompanhe o resumo das análises

Telefônica Brasil (VIVT3)

Na noite de ontem, após o fechamento do mercado, a Telefônica apresentou mais um forte resultado, superando o consenso do mercado. A companhia apresentou uma receita operacional líquida de R$13,1 bilhões, um crescimento anual de 7,5%, bem acima da inflação do período de 5,2%.

Dentre os destaques, houve o crescimento anual de 9,4% na receita de serviço móvel para R$9,3 bilhões, sendo este puxado principalmente pelo crescimento de 12,7% na receita de pós-pago, que encerrou o período em R$7,0 bilhões, sendo ocasionada pelo aumento da base de clientes, reajustes anuais de preço e churn no menor nível histórico, 1,09% no período, queda de 0,15 p.p. no ano.

Já em receita core fixa, o crescimento anual foi de 10,1% para R$3,1 bilhões, sendo puxado principalmente pelo bom desempenho de FTTH, crescimento de 15,1% no ano para R$1,6 bilhaão. Ademais, o bom desempenho de receita fixa também foi sustentado pela expansão da vertical de dados corporativos, TIC e outros com crescimento de 14,7% a./a. para R$1,1 bilhão.

Por fim, o lucro líquido finalizou o período em R$1,5 bilhão, representando um crescimento anual de 2,9%, devido à forte evolução do EBIT, um menor IR, alíquota de 4,6% influenciada pela reversão de provisão de renovação de licença no valor de R$181 milhões.

“Positivo. Na nossa visão, embora o impacto de alguns não recorrentes relacionados a aquisições feitas, o resultado entregue pela Vivo foi bem positivo em linhas gerais, mostrando novamente a capacidade de repasse de preço mais favorável para a companhia em um momento de maior consolidação do setor. O crescimento da receita em níveis consideravelmente superiores a inflação, algo difícil historicamente no setor, segue sendo o grande destaque.

Dessa forma, acreditamos que o bom momento das ações a companhia deve continuar no curto prazo, acompanhado também por um dividend. yield projetado próximo aos 10% para os próximos 12 meses. Como risco, levantamos com maior potencial de impacto as eventuais evoluções no tema de tributação de juros sobre capital próprio, tendo em vista a utilização do mecanismo pela companhia para reduzir a alíquota de tributação.”

Prio (PRIO3)

Ontem a Prio divulgou seu resultado referente ao terceiro trimestre de 2023. A produção da PRIO atingiu 99,9 Mbpd no 3T23, crescimento de 118% ano contra ano e 9,7% contra o trimestre passado., destaque para o campo de frade. Além disso o Campo mais antigo de polvo e TBMT consegui se manter praticamente estável. As vendas de petróleo seguiram em linha com a produção.

O lifting cost novamente foi reduzido, atingindo US$7 por barril. Essa redução se deve pelo aumento de produção no campo de Frade e Albacora leste bem como redução de custos no campo de Albacora Leste.

“Positivo. A companhia novamente conseguiu reduzir seu lifting cost, queda de 5% contra o trimestre anterior e 26% contra o mesmo trimestre do ano anterior.”

Vamos (VAMO3)

A Vamos fechou o 2T23 com um total de 45.161 veículos em sua frota, dos quais 35.062 são caminhões e implementos e 10.099 são máquinas e equipamentos. Isso equivale a uma distribuição de frota de 78% e 22%, respectivamente. Em comparação com o terceiro trimestre de 2022 houve um aumento de 17,1% na frota. O percentual de veículos locados atingiu 88,4% e segue crescendo.

O EBITDA da Locação alcançou a marca de R$ 674,0 milhões no 3T23, o que representa um aumento de 61,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. O EBITDA das Concessionárias totalizou R$0,9 milhão no terceiro trimestre de 2023, forte queda se comparado ao mesmo trimestre do ano passado. Isso se deve pelo ano difícil na indústria na venda de caminhões e máquinas no mercado brasileiro.
Do lado positivo, a Vamos reduziu sua dívida líquida/EBITDA. Do lado negativo, ela reduziu seu indicador EBITDA/despesas financeiras líquida.

“Marginalmente positivo. Seu segmento de locação mais representativo segue crescendo e mantendo margens altas. Contudo, a parte de concessionárias está sendo pressionada pelo mercado restritivo de crédito e ano difícil da indústria de venda de caminhos. Alavancagem se manteve controlada. Resultado veio levemente melhor do que o esperado.”

Carrefour (CRFB3)

Queda do top-line é parcialmente compensada por margens melhores que o esperado. O Carrefour registrou uma receita líquida de R$25.5bi (-3% A/A e -4% vs Consenso), pressionada pela dinâmica de deflação de alimentos e pelo canal B2B, dado os elevados níveis de estoques dos clientes. Nesse sentido, a mg. bruta atingiu 20.1% (+0.2p.p. A/A e +0.8p.p. vs Consenso), de modo que a pressão nas vendas foi compensada pela captura de sinergias relacionadas à aquisição do Grupo BIG.

Ademais, apesar da implementação das iniciativas de ganho de eficiência anunciadas no último trimestre gerarem uma economia de R$78mi, a integração com o Grupo BIG contribuiu para um aumento do SG&A, que atingiu R$3.7bi (+3.3% A/A), impactando a mg. EBITDA da companhia, que contraiu para 5.7% (-0.7p.p. A/A e +0.4p.p. vs Consenso).

“Neutro. A companhia reportou um resultado fraco. Dito isso, as margens vieram melhor que o esperado e companhia apresentou uma performance sólida no segmento de Cash & Carry, uma melhora no Banco Carrefour e na dinâmica de capital de giro, o que devem afastar uma performance negativa.”

Cielo (CIEL3)

Na noite de ontem, após o fechamento do mercado, a Cielo divulgou seu balanço do 3T23. Em relação a Cielo Brasil, negócio de adquirência, o destaque negativo foi a queda do volume financeiro transacionado (TPV) para R$197,5 bilhões, decréscimo de 10,8,4% no ano, dado menor crescimento do TPV da indústria e acirramento concorrencial, mas em menor patamar do que o último trimestre, -10,8% a/a no 2T23, e ligeiramente acima do último trimestre, 0,8%.

Em paralelo, o yield de receita (receita sobre faturamento) atingiu 0,79 p.p. no 3T23, um crescimento de 0,06 p.p. na comparação anual reflexo das ações de reprecificação adotadas ao longo do período e a menor taxa de intercâmbio, dado os novos tetos impostos pelo Bacen aos emissores a partir de abril/23.

“Marginalmente positivo. Na nossa visão, embora o resultado geral tenha sido fraco, principalmente no que tange as perspectivas para crescimento de volume (TPV), acreditamos que a maior parte desse cenário desafiador já havia sido precificado (a ação caiu mais de 35% nos últimos 6 meses, acompanhando as revisões de lucros negativas para o setor de adquirência). Dessa forma, do lado positivo, destacamos a receita com aquisição de recebíveis e mais um bom trimestre da Cateno, algo sustentou um resultado final ligeiramente acima do consenso.”

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