B3 (B3SA3) entre as análises

Números da bolsa foram menores desde 2009

A equipe da Guide Investimentos escolheu para o resumo corporativo de hoje os resultados da B3 (B3SA3). A empresa divulgou os números logo depois do fechamento dos negócios nesta segunda-feira (13).

B3 (B3SA3)

A B3 (B3SA3) divulgou seus destaques operacionais do mês de outubro. Em resumo, o volume financeiro médio diário (ADTV) de renda variável (mercado à vista, mercado de opções e mercado a termo e futuro de ações), principal fonte de receita da companhia, fechou o mês em R$23,2 bilhões, uma queda anual de -34,1% (vs. -20,9% em setembro/23) e mensal de -0,5%.

Com isso, a companhia entregou o segundo pior mês desde o início de 2020 em termos de ADTV, ficando atrás apenas de julho do ano passado que fechou em R$22,4 bilhões, além da maior queda anual desde janeiro de 2009, devido ao efeito combinado de uma forte base comparativa, dadas as eleições nacionais em outubro do ano passado, com a tendência recente de enfraquecimento da atividade no mercado de renda variável.

Por outro lado, as taxas de juros em reais, apresentaram um volume médio diário de negociação de 6,1 milhões de contratos, um crescimento anual de 164,9% e mensal de 39,3%. Além disso, no mercado Balcão, tivemos um crescimento no volume de novas emissões de renda fixa, fechando o mês em R$1.504 bilhões, crescimento anual de 12,0% e mensal de 7,2%. Em paralelo, houve um crescimento anual de 15,9% e mensal de 4,4% no estoque para R$6.043 bilhões.

Por fim, houve um crescimento anual no número de participantes do segmento de Tecnologia, Dados e Serviços de 8,6% para 20.605.

“Ligeiramente negativo. Outubro marca mais um mês de volumes de renda variável pressionados por um cenário global de alta de juros. Apesar do início do ciclo de cortes dos juros no Brasil, ainda vemos a incerteza quanto ao futuro da economia americana, espera de sinalização definitiva do fim da elevação dos juros e maior visibilidade da janela de início para os cortes, como um desafio para entrada de maior fluxo estrangeiro e até mesmo institucional no mercado de renda variável brasileiro. Dessa forma, as ações da B3 estão caindo aproximadamente 18% desde o fechamento de julho (mesmo considerando o repique recente do mercado), patamar próximo ao do pico da ação no ano.

Assim sendo, mesmo com a queda e tendo a ciência de que as ações companhia se comportam como uma proxy do sentimento Brasil e maior apetite de risco por renda variável, acreditamos que os fundamentos podem seguir pressionados por mais alguns meses, algo que junto ao risco do potencial fim do JCP, que também impacta o papel, pode acarretar revisão no lucro médio estimado pelo mercado para a companhia. Com isso, apesar de enxergarmos a companhia como um player que deve se beneficiar da queda dos juros no país, acreditamos que existem outros ativos com melhor performance operacional e valuation mais atrativo para se expor neste cenário, como o BTG Pactual (BPAC11)”.

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