Allos (ALSO3) e B3 (B3SA3) entre as análises

B3 divulgou resultados operacionais

A equipe de analistas da Guide Investimentos escolheu para o resumo corporativo as decisões da Allos (ALSO 3), que anunciou programa de recompra de ações, e  e da B3 (B3SA3), que divulgou relatório operacional.

Acompanhe o resumo e as devidas análises

Allos (ALSO3)

Allos (ALSO3)s emitiu um fato relevante informando que o seu Conselho de Administração aprovou um programa de recompra de ações de até 5% do seu free float (~R$630mi). O anúncio vem após a venda de participação em alguns dos seus ativos não core, totalizando R$862mi em vendas, a um Cap Rate de 8%.

“Marginalmente Positivo. Vemos o anúncio como uma sinalização positiva, de modo que a companhia vendeu seus ativos a Cap Rates atrativos, próximos a 8%, e está recomprando suas ações a um Cap Rate de ~14%. Nesse sentido, destacamos o excelente trabalho de alocação de capital que a companhia tem feito nos últimos anos. Por fim, este anúncio também pode sinalizar que a companhia não deve realizar outros desinvestimentos no curto prazo. Diante disso, mantemos a Allos como nossa top-pick entre os shoppings, com recomendação de compra e preço-alvo de R$35.20/ação, implicando um upside de 50%.”

B3 (B3SA3)

Na noite de ontem, depois do fechamento do mercado, a B3 (B3SA3) divulgou seus destaques operacionais do mês de setembro. Em resumo, o volume financeiro médio diário (ADTV) do mercado à vista, principal fonte de receita da companhia, fechou o mês em R$22,5 bilhões, uma queda anual de -20,5% (vs. -13,5% em julho/23) e mensal de -8,4%. Com isso, a companhia entregou o segundo pior mês desde o início de 2020 em termos de ADTV, ficando atrás apenas de julho do ano passado que fechou em R$21,5 bilhões.

Por fim, o ADTV total de ações, incluindo o mercado de derivativos, fechou o mês em R$23,3 bilhões, queda anual de 20,9% e mensal de 8,3%.

Ademais, as taxas de juros em reais, apresentaram um volume médio diário de negociação de 4,3 milhões de contratos, um crescimento anual de 11,4% e queda mensal de 11,3%. Além disso, no mercado Balcão, tivemos uma queda no volume de novas emissões de renda fixa, fechando o mês em R$1,4 bilhão, queda anual de 1,2% e mensal de 12,5%.

Em paralelo, houve um crescimento anual de 13,6% e queda mensal de 1,5% no estoque para R$5,8 bilhões, explicado parcialmente pela trajetória da taxa de juros. Por fim, houve um crescimento anual no número de participantes do segmento de Tecnologia, Dados e Serviços de 8,9% para 20.428.

“Ligeiramente negativo. Os volumes seguem sendo pressionados por um cenário global de alta de juros. No cenário doméstico, o cenário fiscal segue preocupando os investidores, aumentando a precificação de risco em investimento em renda variável. Já no cenário global, a precificação de um maior tempo com juros altos nos Estados Unidos e a recente alta das treasuries, já com arrefecimento na ponta, dificultam a entrada de fluxo estrangeiro e impactam negativamente a retomada de atividade no mercado de renda variável brasileiro.

Dessa forma, as ações da B3 chegaram a cair quase 20% desde o fechamento de julho, patamar próximo ao do pico da ação no ano. Mesmo com a queda e tendo a ciência de que as ações companhia se comportam como uma proxy do sentimento Brasil e maior apetite de risco por renda variável, acreditamos que os fundamentos podem seguir pressionados por mais alguns meses, além de vermos risco potencial da discussão sobre o fim do JCP impactando também o papel, fatos que combinados podem acarretar em revisão no lucro estimado pelo mercado para a companhia.

Dessa forma, apesar de enxergarmos a companhia como um player que deve se beneficiar da queda dos juros no país, acreditamos que existem outros ativos com melhor performance operacional e valuation mais atrativo para se expor neste cenário, como o BTG Pactual (BPAC11).”

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