O diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do Banco Central (BC), João Manoel de Mello, avaliou nesta quinta-feira (17) que a digitalização do sistema financeiro não tem volta e que o papel do regulador é garantir que esse processo ocorra mais cedo do que mais tarde e com segurança.
“Vejo como falso dilema a suposta tensão entre estabilidade e competição e a gente vai empurrar essa agenda. Essa agenda não tem volta ”, disse ele, em live promovida pelo BTG Pactual em parceria com a PUC-RJ.
Segundo o diretor, a digitalização na intermediação financeira “muda o jogo”.
Mello também disse que os spreads das operações de crédito estão caindo sem causar nenhum risco sistêmico, como resultado de uma agenda longa.
Política monetária
O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu ontem (16) manter a taxa básica de juros, a Selic, em seu menor patamar histórico, de 2% ao ano.
A decisão colocou fim a um ciclo de cortes que havia sido iniciado em julho de 2019, quando a taxa era de 6,5% ao ano.
Também ficou em linha com que os economistas esperavam e a avaliação, no geral, é de que o comunicado continua reforçando um forward guidance de que os juros vão continuar baixos por bastante tempo. Mas a preocupação fiscal torna o cenário bastante incerto.
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