O BB Investimentos analisou a Via Varejo (VVAR3) em seu portfólio e optou por reajustar o preço-alvo da ação, que passou de R$ 23,70 para R$ 24,80 com recomendação de compra. O potencial de valorização está em 31,6%.
Quanto ao desempenho das ações, para a gestora os papéis de VVAR3 seguem uma trajetória muito positiva ao longo de 2020 (+154,4%) e nos últimos doze meses (+157,7%), superando com folga a performance do Ibovespa.
Isso se deve, ao nosso ver, pelos resultados que a companhia vem entregando, mesmo diante do fechamento de suas lojas físicas em decorrência das medidas de combate ao Covid-19, bem como pela transformação digital proposta pela administração que assumiu a companhia em meados de 2019, que vem sendo conduzida com sucesso.
“A despeito da ótima performance do papel, entendemos ainda haver potencial de valorização diante do nosso novo preço-alvo para o final de 2021”., informou.
VVAR3: 3º tri
A Via Varejo (Casas Bahia e Ponto Frio) apurou lucro líquido de R$ 590 milhões no terceiro trimestre, versus perda de R$ 346 milhões no mesmo período do ano anterior. O montante inclui efeitos não recorrentes, como créditos fiscais e previdenciários, que totalizaram R$ 490 milhões.
Segundo o Valor Pró, ao se descontar esses efeitos, o lucro líquido foi de R$ 100 milhões, frente a um prejuízo de R$ 208 milhões no mesmo intervalo de 2019.
A receita líquida da companhia atingiu R$ 7,8 bilhões, 37,3% superior ao terceiro trimestre de 2019.
Ao abrir mais esse número, os destaques estão no braço digital do grupo.
Para efeito de comparação, o concorrente Magazine Luiza fez o dobro da venda da Via Varejo no comércio eletrônico (R$ 8,2 bilhões, versus R$ 4,1 bilhões), mas a Via Varejo cresceu mais rápido (219%, versus 148%).
Já na análise das lojas físicas, o cenário foi o oposto: a Via vendeu mais que o Magazine, mas este cresceu de forma mais acelerada. Casas Bahia e Ponto Frio somam cerca de mil lojas, e o Magazine Luiza tem pouco mais de 1,2 mil unidades.
Lojas físicas na pandemia
Nas lojas físicas, a Via vendeu R$ 5,9 bilhões de julho a setembro, alta de 3,7%. Nos pontos inaugurados há mais de um ano, e já abertos durante a pandemia, o avanço atingiu 12,8%.
O Magazine vendeu menos nas lojas (R$ 4,2 bilhões), mas cresceu 18,3%. Nos pontos já abertos durante a pandemia, a alta se manteve nos 18%.
O chamado GMV, principal indicador do varejo digital, que mostra valor transacionado na plataforma, somou R$ 10 bilhões, alta de 43,4%. A participação do canal on-line nas vendas atingiu 41% — era 18% há um ano.
Ao se analisar a venda de produtos do estoque da Via na sua plataforma on-line, o montante atingiu R$ 3,2 bilhões, alta de 294%.
A margem bruta da Via Varejo atingiu 35,5%, aumento de 5,6 pontos percentuais (considerando os efeitos não recorrentes). Ao desconsiderar esses efeitos, a taxa fica em 29,6%, redução de 1,8 ponto. Essa retração é um efeito da redução da carteira do crediário no resultado.
A margem de lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação foi de 15,3%, alta de 11,4 pontos.
Sobre a geração de caixa, o montante atingiu R$ 881 milhões no trimestre.
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