A Taesa (TAEE11) é conhecida como uma das melhores pagadoras de dividendos da B3, há anos. De um setor historicamente bom pagador de dividendos, a empresa é uma das estrelas de quem cria carteira pensando em renda passiva: quase sempre com um dividend yield acima de 10%, às vezes acima de 15%. A empresa ano passado pagou R$ 1,79 bilhão para os acionistas, dividend yield de 13,78%.
Só que, de acordo com a Ativa, essa “farra” deve acabar. Para o analista Ilan Arbetman, a Taesa está com as ações caras e. no cenário atual, deverá pagar menos proventos aos acionistas. A empresa está com uma alavancagem elevada em 4,2x e o cenário macroeconômico não está favorável. “A continuidade do cenário atual, com juros altos e inflação se equilibrando no longo prazo, poderá continuar se mostrando desafiador para a companhia diante do seu momento de expansão”, afirma no relatório.
Mesmo com os resultados acima do esperado no 4º trimestre, com a entrada em operação de Janaúba e o reajuste dos contratos pela inflação, a ação não está em um preço interessante – a corretora estima uma queda das units de mais de 15%, para R$ 34 frente os R$ 40,00 atuais da tarde desta quarta-feira. Como é tida como uma excelente pagadora de dividendos, a Taesa passou a ser a mais cara das empresas de transmissão cobertas pela Ativa.
Outro ponto é que a empresa terminou o ano com um caixa de R$ 300 milhões, mas prometeu distribuir R$ 800 milhões para os acionistas – o que vai ter que fazer a empresa emitir dívidas para honrar o compromisso. A companhia tem alguns projetos em construção: Aimorés, Paraguaçu, ESTE, Ivaí e Santana, que vão aumentar a receita anual permitida para R$ 732 milhões. Além disso, há o projeto Ananaí, que vai adicionar R$ 129,9 milhões em receitas permitidas até março de 2027.
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