O Votorantim vendeu, recentemente, 25 milhões de ações da Suzano (SUZB3) e o mercado estima, agora que o banco se desfaça do restante de papéis que detém: cerca de 50 milhões.
A primeira operação se deu por meio de um block trade, ou seja, um leilão em Bolsa de valores, que movimentou mais de R$ 1 bilhão.
A expectativa se baseia no fato de que o investimento nos papéis não é estratégico ao conglomerado da família Ermínio de Moraes.
Isso porque a fatia é uma herança que veio da Fibria, empresa resultante da união da Votorantim Papel e Celulose (VCP) e Aracruz, depois dela ter perdido muito dinheiro com derivativos cambiais na crise de 2008.
Acionista
Segundo o Valor Econômico, o Votorantim passou a ser acionista da Suzano posteriormente, após a compra da Fibria em 2018, já que a transação envolveu troca de ações.
Agora, com o dólar nas alturas, o entendimento é de que o momento é o apropriado para a venda, já que isso tem ajudado a impulsionar o valor das ações da Suzano. Elas já tiveram alta de cerca de 40% em 2020.
Segundo o jornal, em outubro o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vendeu, em uma oferta subsequente de ações (follow on), R$ 6,9 bilhões em ações da Suzano. O movimento marcou a saída do banco de fomento da empresa. O JPMorgan foi o coordenador líder dessa oferta e também o assessor financeiro do block trade desta quarta-feira.
A empresa
Suzano é uma empresa brasileira de papel e celulose. É a maior produtora global de celulose de eucalipto e uma das 10 maiores de celulose de mercado, além de líder mundial no mercado de papel, com cerca de 60 marcas em quatro linhas: cutsize, revestidos, não revestidos e papel-cartão.
Veja SUZB3 na Bolsa:
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