O Índice de Confiança de Serviços (ICS) do FGV IBRE caiu 2,4 pontos em dezembro, para 92,0 pontos, menor nível desde março de 2023 (91,7 pontos). Em médias móveis trimestrais, o índice recuou 1,6 ponto em relação ao mês imediatamente anterior.
“Depois de um ano de resiliência do setor de serviços, o fim de 2023 ratifica a perda de fôlego disseminada entre seus segmentos. A confiança caiu pelo quinto mês seguido, influenciada por um pessimismo quanto ao futuro dos negócios”, avaliou Stéfano Pacini, economista do FGV IBRE.
Apesar do ciclo de queda na taxa de juros e de redução do endividamento das famílias não parecem ser fatores suficientes para garantir uma resiliência no setor no próximo ano, embora os serviços prestados às famílias ainda tenham nível de expectativas mais altas do que os demais segmentos do setor, que ainda se mostra dependente da melhora da confiança dos consumidores e do mercado de trabalho O resultado de ICS de dezembro refletiu principalmente a piora das perspectivas dos empresários do setor sobre o futuro.
O Índice de Expectativas (IE-S) caiu 4,8 pontos, para 87,2 pontos, menor nível desde janeiro de 2023 (85,5 pontos). O Índice de Situação Atual (ISA-S) após queda de 2,2 pontos no mês passado, acomodou ao variar -0,2 ponto, para 96,9 pontos.
A queda do ISA-S foi influenciada pelo indicador de situação atual dos negócios que recuou 0,6 ponto, para 97,6 pontos. No sentido oposto, o indicador que mede o volume da demanda atual subiu 0,3 ponto, para 96,2 pontos.
Em relação às expectativas, ambos os componentes do (IE-S) caíram: o que mede a demanda prevista nos próximos três meses retrocedeu 6,2 pontos, para 86,0 pontos, sendo o indicador que mais influenciou na queda do índice, enquanto o indicador de tendência dos negócios nos próximos seis meses recuou 3,1 pontos, para 88,6 pontos.
A desaceleração do setor de serviços no fim do ano
O resultado de dezembro reforça a perda de fôlego do setor de serviços nos últimos meses do ano. O quarto trimestre terminou com queda de 3,5 pontos na confiança em relação ao anterior. A queda trimestral ocorreu tanto no ISA-S quanto no IE-S, ratificando a sinalização de desaceleração do setor após um terceiro trimestre positivo. “Após um período de recuperação da atividade e resiliência do setor de serviços, o último trimestre do ano reflete a perda de fôlego na confiança do setor”, completou Pacini.
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