Entre as sanções internacionais possíveis para a Rússia nos próximos dias está o desligamento do sistema bancário mundial, o SWIFT. Os russos, porém, possuem dois caminhos para “burlar” e resolver essa questão: a primeira é a China, aliada de Moscou e que pode transacionar em yuanes, e a segunda é o Bitcoin.
São duas as sanções preocupantes: o desligamento do Swift e a suspensão do Nord Stream II, um gasoduto entre Rússia e Alemanha que aumentaria o fornecimento de gás natural para a União Europeia.
Contra a segunda não há solução, mas utilizar o Bitcoin permite que a Rússia saia do sistema tradicional de finanças, faça pagamentos e receba através da moeda – minimizando os danos econômicos que as sanções podem trazer. Nesta sexta-feira o Bitcoin vai apresentando alta de 2,86%, para US$ 39.443.
A Coreia do Norte e o Irã já fazem isso há algum tempo para fugir das sanções americanas – o programa nuclear norte-coreano é financiado assim. O caráter anônimo do mundo das criptomoedas torna difícil o rastreamento – algo que o governo americano vinha alertando nos últimos anos.
A Rússia ainda tem a vantagem de ser a terceira maior mineradora do mundo, atrás apenas de Estados Unidos e Cazaquistão, seu vizinho a sul e forte aliado do Kremlim. Energia barata, alimentada por gás natural, e clima frio fazem o país um paraíso da mineração.
O debate sobre criptomoedas tem sido muito intenso com o governo russo, que começou um processo de regulação no início deste ano. A questão agora parece favorável para o regime de Vladimir Putin.
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