A XP Investimentos analisou o ativo Sabesp (SBSP3) em seu portfólio e optou por fazer recomendação Neutra com preço-alvo de R$ 50.
“Temos uma visão positiva dos termos finais apresentados para a 3ª Revisão tarifária da Sabesp, e acreditamos que o mercado deverá ter uma reação positiva”, disse a gestora.
E acrescentou: “em primeiro lugar, destacamos como positivo o cálculo da Base de Ativos Regulatória Líquida (normalmente denominado RAB, sigla em inglês para Regulatory Asset Base) de R$ 55,8 bilhões a preços de outubro de 2020, acima dos R$54,3 bilhões propostos na fase inicial de consulta pública.”
De acordo com a gestora, a principal razão para a diferença em relação à estimativa de R$ 49,6 bilhões diz respeito à reavaliação de glosas (descontos) do 1º Ciclo Tarifário, com efeito de R$ 2,69 bilhões sobre a RAB líquida (que não estava em nossas estimativas).
Segundo as deliberações finais da ARSESP, a tarifa base a ser vigente a partir de maio de 2020 é de R$5,1251/m3, acima dos R$4,8143/m3 da fase preliminar do processo de 3ª revisão tarifária.
Sabesp
A companhia reportou lucro líquido de R$ 831,5 milhões no quarto trimestre de 2020, queda de 21,3% ante igual período do ano anterior, conforme relatório encaminhado ao mercado.
De acordo com o documento, no quarto trimestre de 2019 a companhia havia obtido lucro líquido de RS 1,05 bilhão.
Já no acumulado do ano, a empresa reportou lucro líquido de R$ 973,3 milhões, queda de 71,1% sobre o lucro líquido de R$ 3,36 bilhões em 2019.
A receita operacional líquida da empresa no quarto trimestre de 2020 alcançou R$ 4,88 bilhões, em alta de 4,0% sobre o resultado de um ano antes. No ano inteiro de 2020, a receita da companhia foi de R$ 17,7 bilhões, queda de 1,0% sobre 2019.
O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado do quarto trimestre ficou em R$ 1,84 bilhão, alta de 6,9% sobre o mesmo trimestre de 2019. Para 2020, o Ebitda ajustado da Sabesp alcançou R$ 6,42 bilhões, um recuo de 14,5% sobre um ano antes.
A companhia informou que seu resultado foi impactado por diversos fatores relacionados à pandemia de covid-19 ao longo de 2020, como: redução das receitas com clientes das categorias comercial, industrial e pública; adiamento do reajuste tarifário de maio de 2020; isenções de pagamento entre abril e agosto para clientes das categorias de uso “Residencial Social” e “Residencial Favela”; elevação da inadimplência e despesa com variação cambial de R$ 2,18 bilhões.
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