Quatro setores da B3 nos radares

São beneficiados com a queda na taxa Selic

Quatro setores da B3 nos radares beneficiados com a queda na taxa Selic. Esses são os apontamentos do economista e CEO da Multiplike, Volnei Eyng.

É impossível prever como o índice principal da bolsa brasileira, Ibovespa, irá se comportar nas próximas semanas e meses. Contudo, o mercado financeiro é um jogo de tentar prever o futuro baseado no cenário atual e nos acontecimentos históricos.

Diante desses fatores, alguns setores da B3 tendem a acelerar com mais força com a queda da Selic. “As empresas do setor financeiro, principalmente aquelas que dependem fortemente de receita oriunda da renda variável, devem acelerar primeiro, assim que o Ibovespa mostrar sinais reais de recuperação. No entanto, isso não deve ocorrer num curto prazo, muito por conta do fluxo de investimento estrangeiro continuar saindo para os EUA,” explica Eyng, que completa: “mas, na minha visão, as companhias que se destacarão, são as empresas que possuem uma folga no Ebidta e devem aumentar ainda mais seus resultados com a queda da Selic, devido ao seu custo de crédito ser reduzido”, completa.

Outros setores também devem ser impactados pela queda da Selic. Por exemplo, com o programa Desenrola do Governo Federal, mais de 10 milhões de brasileiros tiveram os nomes limpos. Com isso, esses consumidores podem voltar a busca por crédito, a juros mais baixos, e beneficiando as empresas varejistas. Além disso, a construção civil, que depende muito do financiamento bancário, deve começar a mostrar sinais de recuperação. “Um detalhe importante do segmento de construção civil é que este impacta também os dados de emprego. Este setor foi o que mais abriu postos de trabalho no primeiro semestre de 2023 e deve apresentar resultado semelhante até o final do ano. Quanto mais emprego, mais renda e mais consumo”, ressalta.

Além do varejo, construção civil e financeiro, um outro setor que deve começar a apresentar bons resultados é o de tecnologia, conforme vem ocorrendo nos principais mercados internacionais, Ásia e EUA.  “Apesar da B3 possuir poucas empresas deste segmento, diferente do mercado americano, este setor também deve se beneficiar, pois demanda muito capital para crescer e com a Selic nas alturas, este dinheiro some do mercado ou o custo dele fica muito caro”, finaliza Eyng.

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