Uma demissão na Petrobras (PETR4) na segunda-feira passada sinalizou que a companhia tinha matado a charada sobre o misterioso caso de “insider trading” com opções de ações – mas esse desfecho está longe.
De acordo com o Valor Econômico, o gerente de RH Cláudio da Costa foi demitido sem justa causa e afirma que se trata de uma “infeliz coincidência” sobre uma operação que teria sido submetida de antemão à companhia – agora, seus advogados acionaram a CVM. O executivo diz que sua negociação foi feita em conformidade com as regras.
A operação de Costa questionada pela empresa não é “aquela operação” de 4 milhões de opções de venda de Petrobras, caso que ganhou evidência após ser noticiado pela jornalista Malu Gaspar, de “O Globo”. Costa comprou 2.800 ações em junho de 2020, com a cotação em torno de R$ 21, investindo R$ 59 mil.
Petrobras
Segundo Costa, em documentação à CVM e à estatal ele demonstra que deu a ordem de venda à corretora Safra, em 19 de janeiro deste ano, quando a ação subisse a R$ 30 – o que aconteceu em meados de fevereiro.
“Tanto a compra quanto a orientação de venda foram fora do período de vedação, mas eu nem sequer estava enquadrado nessa vedação”, diz Costa, citando um e-mail em que a Petrobras define que, em fevereiro, ficavam restritos acionistas membros de diretoria, do conselho de administração e fiscal e de órgãos com funções técnicas e consultivas que tinha
A operação de venda no mercado à vista foi de R$ 84 mil. A documentação protocolada pelos advogados do escritório J. Fonseca na CVM também foi encaminhada ao gabinete do ministro da CGU e à ouvidoria geral, ao conselho administrativo, fiscal e diretoria da Petrobras.
Veja PETR4 na Bolsa:
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