por Rafael Izidoro, CEO e fundador da Rispar
A história do dinheiro e da economia mundial ganhou mais um capítulo com o surgimento do Bitcoin. Nesse artigo vamos compreender como esse capítulo começou.
Em 31 de outubro de 2008 Satoshi Nakamoto – o pseudônimo por trás do criador (ou dos criadores) do Bitcoin – enviou um email que deu início a história das criptomoedas.
Nesse email, que Satoshi mandou para uma lista de contatos, ele contava que vinha trabalhando no que seria “um novo sistema de dinheiro eletrônico peer-to-peer (ponto a ponto ou pessoa a pessoa), sem terceiros confiáveis” e compartilhou o whitepaper do BTC – uma espécie de manual onde ele descreveu os fundamentos da criptomoeda.
Mas afinal, o que é o Bitcoin?
O Bitcoin é a primeira criptomoeda digital e descentralizada. Isso significa que ele não é como o Real ou o Dólar, ou seja, não é uma moeda física e impressa por um Banco Central. Inclusive, por ser descentralizado, o Bitcoin não é gerenciado ou regulamentado por nenhum órgão governamental, Banco Central ou mesmo instituições privadas.
Para que serve o Bitcoin?
Ele pode ser usado como forma de pagamento, para a compra e venda de bens e serviços. Existem países que já oficializaram e regulamentaram o Bitcoin como uma moeda. Com isso ele pode ser usado em todos os estabelecimentos que o aceitarem.
Um exemplo desse caso é El Salvador, que em 2021 foi o primeiro país a adotar o bitcoin como moeda oficial. Mesmo com dificuldade, os comerciantes da região tiveram de se adaptar para que a nova modalidade de pagamento fosse acessível.
Além disso, o Bitcoin também pode ser usado como reserva de valor, como investimento. Mas, por ser um bem finito, já que o Bitcoin deverá chegar a sua contagem máxima de 21 milhões de unidades, entendemos como um investimento para longo prazo.
Como funciona o Bitcoin?
Para entendermos como os comerciantes de El Salvador passaram a aceitar BTC, precisamos entender como a criptomoeda funciona.
O bitcoin é negociado a partir de uma rede blockchain – uma espécie de banco de dados. As transações são feitas pelos membros dessa rede. Essas transações, depois de verificadas, são agrupadas em blocos e depois, os blocos são conectados por correntes digitais.
O interessante é que depois de inseridos nessa cadeia de dados (que é a blockchain), as informações não podem ser apagadas ou alteradas. E isso só é possível pois o BTC é verificado justamente pela corrente de membros que fazem parte desse sistema, não por uma instituição ou por algum órgão governamental.
Todo esse processo torna o Bitcoin não apenas seguro, mas transparente, imutável e acessível a todos com acesso a internet. Isso porque as negociações podem ser feitas por meio de uma exchange, mas também podem ser realizadas diretamente com outra pessoa.
Ou seja, se você tem bitcoin para vender e conhece alguém que queira comprar, não precisa de terceiros, bancos ou qualquer outra instituição para efetuar a venda. Isso é ser peer-to-peer.
Incrível, não é mesmo? Isso trouxe uma nova perspectiva sobre transações, sobre as moedas. E a partir do Bitcoin, muitas outras moedas foram criadas e estão hoje revolucionando a forma como entendemos a economia.
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