A PMC de outubro registrou alta de 0,4% no conceito restrito, acima da nossa expectativa (0,2%) e da mediana do mercado (0,3%). Já na leitura ampliada o avanço foi de 0,5%. Em relação a outubro de 2021, a PMC avançou 2,7% no conceito restrito e 0,3% no ampliado.
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A PMC de outubro registrou alta de 0,4% no conceito restrito, acima da nossa expectativa (0,2%) e da mediana do mercado (0,3%). Já na leitura ampliada o avanço foi de 0,5%, também acima da nossa expectativa, mas em linha com mediana do mercado. Importante ressaltar que os dados de setembro foram revisados, com a PMC restrita saindo de +1,1% para +1,2%. Em relação a outubro de 2021, a PMC avançou 2,7% no conceito restrito (vs. 2,8% Modal; 2,4% mercado) e 0,3% no ampliado (vs. 1,1% Modal; 0,8% mercado).
Logo, as vendas no varejo restrito encontram-se 3,4% acima no nível pré-pandemia. Por outro lado, a PMC ampliada se encontra 0,9% abaixo. Em 2022, as vendas no varejo apresentaram crescimento de 1,0% no conceito restrito e recuo de 0,5% na leitura ampliada.
No conceito restrito, observa-se alta em cinco das oito categorias pesquisadas. Destaque
positivo para o avanço de 2,5% em móveis e eletrodomésticos além do crescimento em
equipamentos e materiais para escritório (2,0%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,0%).
As vendas de combustíveis e lubrificantes (0,4%) e supermercados (0,2%) também contribuíram com o resultado de outubro. Pelo lado negativo, destaca-se a queda
de 3,8% na venda de livros, jornais e revistas além do recuo de 3,4% em tecidos, vestuário e calçados. Artigos farmacêuticos (-0,4%) completam a lista dos itens que apresentaram retração no mês. Em relação à leitura ampliada, veículos, motocicletas, partes e peças mostraram queda de 1,7% (MoM, SA), o primeiro recuo em três meses, enquanto materiais de construção registraram queda de 3,5%, mantendo a variação negativa pelo sétimo mês consecutivo.
Na comparação com outubro de 2021, destaque positivo segue para as vendas de combustíveis de lubrificantes que registraram avanço de 34,2% no mês e segue refletindo a redução dos impostos. Livros, jornais e revistas (13,6%), equipamentos e materiais de escritório (8,1%), artigos farmacêuticos (5,2%) e supermercados (2,6%)
também registraram variação positiva em outubro. Por outro lado, note-se queda em tecidos, vestuário e calçados (-14,8%), outros artigos de uso pessoal (-8,5%) e móveis e eletrodomésticos (-0,5%). No conceito ampliado, destaque negativo para o recuo de 12,7% nas vendas de materiais de construção. Veículos registraram queda de 0,7%.
O comércio registrou mais um mês com desempenho acima da expectativa do mercado, novamente com revisão altista dos dados do mês anterior.
Os estímulos fiscais em vigor, especialmente a redução dos impostos sobre combustíveis, em conjunto com um mercado de trabalho aquecido seguem impactando positivamente as vendas no varejo, dinâmica que deve se manter em função da sazonalidade de final de ano. Por outro lado, os juros elevados, inflação pressionada e aumento da inadimplência devem reverter o desempenho positivo a frente.
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