O volume de serviços registrou forte queda de 1,6% em abril na comparação mensal, bem abaixo da nossa expectativa e da mediana do mercado (-0,1%).
Em relação abril de 2022, a PMS avançou 2,7%, desaceleração relevante em comparação a alta de 6,5% (revisada de 6,3%) observados no mês anterior.
Importante destacar forte revisão altista nos dados de março, saindo de alta 0,9% para avanço de 1,4%.
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O volume de serviços registrou forte queda de 1,6% em abril na comparação mensal, bem abaixo da nossa expectativa e da mediana do mercado (-0,1%). Em relação abril de 2022, a PMS avançou 2,7%, desaceleração relevante em comparação a alta de 6,5% (revisada de 6,3%) observados no mês anterior. Importante destacar que os dados de fevereiro e março passaram por revisão, com fevereiro saindo de 0,9% para 0,8%, enquanto março apresentou forte revisão altista, passando de 0,9% para 1,4%. O setor de serviços encontra-se 10,5% acima do nível pré pandemia (ante 12,3% na leitura anterior).
Observa-se que a revisão altista nos dados de março compensa parcialmente a surpresa negativa noa divulgação de abril.
Quatro das cinco atividades pesquisadas registraram queda no mês, com destaque negativo para transportes (- 4,4%) e serviços de informação e comunicação (-1,0%).
Serviços administrativos (-0,6%) e outros serviços (-1,1%) também apresentaram queda no período. Pelo lado positivo, note-se alta de 1,2% nos serviços prestados às famílias, interrompendo uma sequência de 3 quedas mensais consecutivas.
Na comparação anual, apenas uma categoria apresentou recuo no mês. No entanto, todas as categorias registraram desaceleração em relação a divulgação anterior.
Destaque positivo para informação e comunicação (4,0%) e serviços administrativos (4,0%). Serviços prestados às famílias avançaram 2,9%, enquanto transportes registrou alta de 2,0%. Outros serviços, por sua vez, recuou 0,9%.
Os serviços prestados às famílias permanecem como a única categoria abaixo do patamar pré-pandemia, encontrando-se 5,5% abaixo do nível de fevereiro de 2020. Em relação aos demais segmentos, destaca-se positivamente o desempenho de transportes e informação e comunicação, que estão, respectivamente, 20,9% e 16,8% acima do nível observado antes da pandemia.
Apesar da forte queda no mês e da desaceleração na comparação anual, a revisão altista de março sinaliza que o setor de serviços permanece aquecido. A expansão fiscal implementada desde meados do ano passado aliado ao mercado de trabalho ainda robusto deve prover fôlego adicional para o setor, sugerindo desaceleração lenta e gradual ao longo do ano.
*Rafael Rondinelli é economista no Modal
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