Investimentos e cinco dicas para 2024. A decisão de investir deve ser baseada em uma análise cuidadosa e alinhada aos objetivos financeiros e perfil de risco de cada investidor. No entanto, ao considerar cinco dicas de investimento, o FIDC, agora, com a mudança da Comissão de Valores Mobiliários – CVM, pode ser apontado também como uma excelente opção. “Os argumentos que respaldam essa escolha podem incluir fatores como retorno financeiro, segurança e perspectivas favoráveis”, disse o economista e CEO da Multiplike, Volnei Eyng, que preparou uma lista com cinco investimentos que o investidor precisa ficar de olho em 2024.
“É ressaltado que, embora tenhamos vivido um período positivo na renda variável, é preciso cautela em relação a dois anos consecutivos de crescimento acentuado, considerando possíveis riscos associados. Nesse contexto, sugere-se não priorizar investimentos nesse segmento”, afirma Volnei Eyng .
Ao projetar o final de 2024 com a Selic em 9,25%, ou seja, juro oficial do país nesse patamar, destaca-se a atratividade de alguns investimentos como, por exemplo, CDBs bancários, que oferecem aproximadamente 120% do CDI ou mais e respaldados por um fundo garantidor. Essa opção é apresentada como uma alternativa sólida devido ao rendimento ainda significativo.
Outras sugestões incluem investir em LCI e LCA, contando com bancos de confiança e respaldados por fundo garantidor, com a vantagem da isenção de Imposto de Renda. “Além disso, diversificar em setores como imobiliário, infraestrutura e agropecuário (Fiagro) é mencionado como uma estratégia eficaz”. Investimentos no agronegócio e imobiliário, especialmente em propriedades com histórico sólido acima de 5 anos, são destacados por entregar resultados consistentes e beneficiar-se da isenção de IR.
Por fim, a quinta dica envolve a manutenção de liquidez diária por meio do Tesouro Direto, proporcionando ao investidor flexibilidade e facilidade de resgate de recursos. “Essa abordagem visa equilibrar o portfólio e atender às necessidades de liquidez imediata”, conclui Eyng. Vale ressaltar que, antes de tomar qualquer decisão de investimento, é recomendável buscar orientação profissional e compreender completamente os riscos e benefícios associados a cada opção.
FIDC – Fundo de Investimento em Direitos Creditórios
FIDC é a sigla para Fundo de Investimento em Direitos Creditórios. Trata-se de uma modalidade de fundo de investimento regulamentada pela CVM no Brasil. Os FIDCs têm como principal característica o investimento em direitos creditórios, que são documentos representativos de créditos originados por negócios realizados a prazo.
A estrutura de um FIDC envolve a captação de recursos junto a investidores para formar um fundo. Esse fundo, por sua vez, investe em uma carteira de direitos creditórios, que podem incluir duplicatas, cheques, notas promissórias, entre outros. Os direitos creditórios são geralmente originados por empresas que vendem produtos ou serviços a prazo.
Os investidores que aportam recursos em um FIDC tornam-se cotistas do fundo e, em contrapartida, têm direito a uma parcela proporcional dos rendimentos gerados pelos direitos creditórios. Esses rendimentos podem advir dos pagamentos realizados pelos devedores originais dos créditos.
A gestão do FIDC fica a cargo de uma instituição gestora, que é responsável por administrar o fundo de acordo com as regras estabelecidas em seu regulamento. A CVM estabelece diretrizes específicas para a constituição e operação desses fundos, visando garantir a transparência e a segurança dos investidores.
Os FIDCs são uma alternativa de investimento que permite a diversificação da carteira por meio da exposição a diferentes setores da economia. No entanto, é importante destacar que, como qualquer investimento, os FIDCs envolvem riscos, e os investidores devem avaliar cuidadosamente esses riscos antes de decidir aplicar seus recursos nessa modalidade.
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