GUERRA: Ouro, dólar e petróleo?

Ativos de grande liquidez e imediata

A guerra deflagrada em Israel no sábado (07/10), quando o grupo terrorista Hamas atacou o país com mísseis a partir da Faixa de Gaza, projetou o dólar e o ouro, dois ativos que passaram a reportar novas altas. “Eles se valorizam porque são considerados ativos de grande liquidez imediata, ou seja, é possível converter em dinheiro rapidamente”, explica o CEO da Multiplike, Volnei Eyng.

De acordo com o executivo, também se valorizam porque são ativos de proteção em momentos de falta de previsibilidade no mercado financeiro. “Reportam alta, ainda, por serem produtos conhecidos pela grande maioria dos investidores, e muita gente realiza a fuga para a compra desses valores, principalmente para o deslocamento das reservas de liquidez de necessidade imediata”, esclarece.

No contexto atual, pontua, muita gente faz esse movimento simultaneamente, dado que a guerra entre Israel e Hamas é fato conhecido mundialmente. Ainda assim, elenca que o investidor deve se movimentar com prudência. “A substituição de um ativo, neste momento, deve ser feita com cautela e de forma suave. Todo investidor precisa entender com mais profundidade o que essa guerra pode gerar na economia, e esses ativos podem reportar uma grande valorização no primeiro momento e, na sequência, começar a desvalorizar”, frisa.

Ouro ou dólar?

“Também recomendamos que a proteção no ouro seja maior do que no dólar”, destaca, complementando que a commodity estava cotada a US$ 323,89 em janeiro e ontem estava cotada em US$ 307,31, o que pode ser considerado um ponto de entrada.

O CEO explica que o ouro vem desvalorizando em um momento em que os Bancos Centrais (BCs) vem aumentando as reservas, então, parece fazer sentido essa proteção em ouro em relação ao dólar.

Dólar: -1,16%, a R$ 5,0763 por volta de 11h50;
Ouro: +0,20%, a US$ 1.868,10;
Petróleo tipo Brent: -1,15%, a US$ 87,11;
Petróleo tipo WTI: 1,12%, a US$ 85,56.

Petróleo dispara

Já o diretor de investimentos na gestora Equus Capital, Rubens Terra, lembra que o petróleo disparou depois do início do conflito, pela preocupação de que a crise poderia afetar a oferta dos países árabes, que são os maiores produtores do mundo.

Entretanto, Israel e Palestina não são produtores relevantes, por isso, o risco neste momento é mais especulativo, afirma o executivo, acrescentando que, de qualquer forma, o preço está subindo, o que pode colocar pressão no preço de geração de energia no Brasil. “O petróleo disparou depois do início do conflito, pela preocupação de que a crise poderia afetar a oferta dos países árabes, que são os maiores produtores do mundo. Entretanto, Israel e Palestina não são produtores relevantes, por isso, o risco neste momento é mais especulativo do que um fato concreto”.

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