O BB Investimentos optou por não alterar sua carteira recomendada de fundos de investimento imobiliário (FIIS).
Conforme relatório, a carteira continua sendo composta por fundos que apresentam resiliência e menor risco de perda de patrimônio, bem como um atrativo retorno potencial.
São eles: Mérito Desenvolvimento Imobiliário (MFII11), Hedge Top FOFII 3 (HFOF11), RBR Alpha Multiestratégia Real Estate (RBRF11), CHSG Renda Urbana (HGRU11), Vinci Logística (VILG11), XP Log (XPLG11), Banestes Recebíveis Imobiliários (BCRI11) e Rec Recebíveis Imobiliários (RECR11).
IFIX
De acordo com o BB, o IFIX se manteve ascendente boa parte do mês, porém recuou ao final seguindo a pressão exercida nas bolsas em função do alastramento do Covid-19, e encerrou outubro com queda de 1,01%. Em 12 meses, o índice recua 0,90%.
Em outubro, apesar do mix entre notícias positivas e negativas em ambos os mercados – interno e externo – o IFIX (cuja composição agora é de 81 fundos) se manteve em movimento ascendente durante praticamente todo o período.
No entanto, o alastramento da Covid-19 na Europa acendeu um ponto de alerta, o que acabou pressionando as bolsas na última semana do mês, levando o IFIX a fechar em queda de 1,01%.
Mercado
Avaliando de forma mais profunda o mercado, a manutenção do baixo nível da taxa de juros doméstica – ratificada na última reunião do Copom, que manteve a mesma em 2,0% a.a. – é um dos principais fatores que continuam impulsionado o mercado de fundos imobiliários, bem como a forte migração de investidores da renda fixa para a renda variável.
Apesar da evolução na atividade doméstica e do otimismo com o mercado imobiliário de forma geral, alguns setores como o de shoppings, por exemplo, ainda estão sofrendo com as restrições de circulação e horários, bem como pela menor ocupação.
Falando em vacância, no segmento de lajes corporativas de SP, houve uma redução do estoque ocupado, de acordo com a Revista Buildings, bem como uma elevação no estoque total em função da entrega de novos edifícios, aumentando assim a taxa de vacância.
FIIS: condomínios logísticos
Por outro lado, o mercado de condomínios logísticos continuou a crescer mesmo durante a pandemia, e a taxa de vacância a decrescer, em linha com a aceleração do e-commerce no Brasil, com as empresas se adaptando a essa nova realidade.
Nesse sentido, o volume de transações também avançou, o que ajuda a impulsionar novas captações via fundos imobiliários que buscam ativos nesse segmento.
FIIS
Independente desse cenário mais adverso vivenciado em 2020, o mercado de FIIs continua em uma crescente forte desde meados de 2019, de modo que o número de fundos listados já atinge a marca de 275 em setembro de 2020, versus 190 em dezembro de 2018.
Ou seja, em um ano e meio, o número de FIIs listados em bolsa aumentou em mais de 40%, enquanto o volume negociado cresceu 260%. Um indicador que demonstra claramente a elevação do interesse nesse mercado é representado pelo número de investidores na B3: em dezembro de 2018, o número CPFs era de 208 mil; um ano depois, esse número triplicou e, em setembro 2020, atingimos a marca de 1,062 milhão de investidores com posição em custódia de fundos imobiliários. Essa indústria já representa um mercado de R$ 108 bilhões, com volume médio diário negociado de R$ 212 milhões.
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