A Elite Investimentos atualizou sua carteira semanal válida de 19 de outubro a 23 de outubro. A gestora tirou a Via Varejo (VVAR3) do portfólio e colocou a SLC Agrícola (SLCE3) no lugar.
Sobre a companhia, reportagem da Época Negócios destaca que o Brasil mantém o status de celeiro para o planeta. “Não é pouca coisa o fato de a ONU ter previsto crescimento de 70% na demanda por alimentos no mundo até 2050, com 40% dela suprida pelo Brasil”, diz Aurélio Pavinato, CEO da SLC Agrícola, maior empresa produtora de grãos com capital aberto do país, controlado pela família gaúcha Logemann.
Pela segunda vez – a primeira foi em 2016 -, a SLC sagra-se campeã no setor Agronegócio no anuário Época NEGÓCIOS 360°.
IPO
Conformem a revista, em 2007, um SLC tinha sete fazendas em cinco estados e fez um IPO para levantar capital e crescer.
Hoje o empreendimento conta com 16 fazendas em seis estados (Bahia, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Piauí), num total de 450 mil hectares.
Isso equivale a quatro vezes a área cultivada de 2007. A empresa se concentra em soja, milho e algodão, três culturas em que o Brasil é altamente competitivo.
A estratégia, explica Pavinato, foi ampliar a área plantada e não o leque de produtos, a fim de garantir a estabilidade nos resultados. Os efeitos climáticos têm menor impacto sobre a empresa, graças à diluição do risco, com fazendas espalhadas por vários estados.
Cautela
Com a crise econômica trazida pela pandemia de covid-19, porém, a empresa entrou em modo cauteloso e diminuiu o ritmo de expansão. “A nossa gestão da pandemia tem sido eficiente”, diz o CEO. A companhia controla um comitê de contingência e definiu protocolos para o dia a dia. Com isso, tem evitado maiores problemas de contaminação e interrupções das operações.
“Mesmo em meio às dificuldades, evoluímos em todos os aspectos”, afirma Pavinato. O executivo enumera como várias frentes permanentes de trabalho em busca da maior produtividade: qualificar a equipe, ajustar os processos e usar a melhor tecnologia possível.
Tecnologia
O avanço tecnológico no setor exige treinamento da equipe ao longo de toda a cadeia, inclusive os gestores. Pavinato acredita que o avanço tem de ser simultâneo, no fator humano e na aplicação dos conceitos da agricultura digital. Para Pavinato, qualquer visão do futuro do setor tem de incluir a agricultura de precisão. Desde 2010, a empresa investe para se manter à frente dessa mudança.
A SLC prepara-se para uma denominada terceira revolução verde – com a agricultura de precisão, fazendas conectadas, big data e ciência de dados. Pavinato especificações o cenário que antevê, com a implementação dessas tecnologias: dados são coletados no campo, com sensores digitais instalados nas máquinas agrícolas.
Conectividade
A conectividade leva as informações até os centros operacionais da empresa em tempo real. Torres de telecomunicação permitirão integrar uma operação agrícola aos sistemas de gestão. A tomada de decisão se torna cada vez mais rápida e precisa.
Com o impacto da pandemia já controlado e mensurado, a empresa consegue manter metas ambiciosas: ter 100% das fazendas com conectividade 4G em todas as lavouras até o início de 2021 e ter todas as lavouras corrigidas com taxa variável de fertilizantes e calcário até 2023.
Veja SLCE3 na Bolsa:
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