A Eletrobras (ELET3) marca lucro de R$1,47 bilhão no terceiro trimestre de 2023. A receita operacional líquida de R$ 8.781 milhões, um crescimento de 9%, refletindo principalmente o aumento das receitas de transmissão.
O EBITDA regulatório recorrente foi de R$ 6.249 milhões, um aumento de 51%, devido às maiores receitas de transmissão e à redução das despesas operacionais, destacadamente as provisões operacionais.
O lucro líquido de R$ 1,477 bilhão, uma melhora expressiva em relação ao prejuízo líquido de R$ 0,1 milhão obtido no 3T22.
Resultado financeiro apresentou uma despesa líquida de R$ 3.119 milhões, principalmente pelos maiores encargos de dívidas, pelos encargos e atualização monetária das obrigações com a CDE e com a revitalização de bacias hidrográficas.
O lucro líquido regulatório de R$ 2,7 bilhões. O valor de Capex do período é 88% superior ao igual período do ano anterior (3T22), ficando em R$ 1,9 bilhão em investimentos. Já o indicador Dívida líquida/Ebitda, métrica utilizada para avaliar a saúde financeira da empresa, ficou em duas vezes, reforçando a disciplina financeira da companhia.
“Registramos um sólido desempenho financeiro no período, quando aceleramos nossa agenda de criação de valor com ênfase na simplificação da estrutura, na adequação de custos e despesas, na otimização da alocação de capital e na gestão de passivos”, explica o presidente da Eletrobras, Ivan Monteiro. No período, a venda da usina de Candiota (único ativo a carvão da empresa) e da participação na Copel, a aquisição da Baguari Energia e a consolidação de Teles Pires foram importantes passos no objetivo de simplificação da estrutura da companhia, que também iniciou estudos para a incorporação das empresas Eletrobras Furnas e Eletropar.
Os planos de demissão voluntária também apresentam resultados expressivos, uma vez que o primeiro deles, lançado em 2022, representa economia esperada de R$ 1,2 bilhão, enquanto o segundo, de 2023, de R$ 670 milhões.
No que se refere à otimização da alocação de capital, a Eletrobras realizou o alongamento do perfil da dívida – com a emissão de cerca de R$ 11 bilhões e o resgate de R$ 6,3 bilhões de notas comerciais. A companhia registrou ainda caixa de R$ 31,2 bilhões em 30 de setembro.
A companhia registrou ainda a redução do estoque com empréstimo compulsório de R$ 3 bilhões, totalizando R$ 19 bilhões, além de eliminação de risco off balance de R$ 2,8 bilhões, sendo R$ 510 milhões em possível e R$ 2,3 bilhões em remoto.
No 3T23, a Eletrobras reduziu sua exposição à energia descontratada e ampliou o foco na estruturação da área de comercialização e na captação de novos clientes. A companhia passou de 34 consumidores finais no 3T22 para 228 no 3T23. A receita bruta de geração e transmissão teve aumento de 10% em relação ao 3T22, chegando a R$ 11,5 bilhões. A companhia tem 194 empreendimentos de transmissão de grande porte em implantação e prevê mais R$ 6,3 bilhões em Capex até 2027.
Como líder em geração e transmissão de energia elétrica no país e em linha com sua estratégia de descarbonização, a Eletrobras estabeleceu o compromisso de ter metas baseadas na ciência e ser net zero até 2030 de acordo com as diretrizes do Science Based Targets Initiative. Ainda como destaque na agenda ESG, a planta de hidrogênio verde em Itumbiara (MG/GO) obteve o Certificado de Hidrogênio de Fonte Renovável da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que atesta que o hidrogênio é produzido a partir de fontes renováveis.
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