Economia dos EUA em recessão? Uma probabilidade difícil de ser concretizada. As taxas de juros estão sendo mantidas entre 5,25% e 5,50%, maior nível em 22 anos, o que desacelera com força a maior economia do mundo, acostumada com juros próximos a zero. Além disso, existe uma possibilidade real de paralisação no funcionalismo público, o que a câmara e o senado tentam evitar ou, ao menos, ganhar tempo.
No setor automotivo, a greve paralisa parte das principais montadoras e ameaça avançar, se não houver reajuste dos salários em quase 40%, o que poderia impactar no aumento dos preços dos carros e consequentemente da inflação. Vale destacar que o setor representa quase 3% do PIB e passa por uma transformação para a produção de veículos elétricos. Com todos estes fatores, a Moody’s ameaça reduzir o rating, que hoje está em ‘AAA’.
Entretanto, para o economista e CEO da Multiplike, o risco de recessão da economia americana é baixo. “Basta olharmos a história das crises americanas, para entendermos que esta hipótese é muito remota. Os dois últimos grandes colapsos nos EUA, foram desencadeados por eventos extremamente impactantes, como a crise do subprime e a pandemia de coronavírus. São eventos muito catastróficos e, hoje, mesmo com todos os problemas que os EUA vem enfrentando, não existe nada gravíssimo que possa levar a uma recessão”, explica Volnei Eyng, economista e CEO da Multiplike, gestora que já concedeu mais de R$ 30 bilhões em crédito nos últimos anos.
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Além disso, a economia americana apresenta uma peculiaridade, que poucos países possuem, como a China, por exemplo. “Os EUA possuem um tripé para continuarem sendo a potência que domina a economia global. Eles possuem uma ampla capacidade de reinvenção, globalização e inovação. As grandes techs, por exemplo, um dos pilares do PIB americano, só seriam atingidas, se houvesse uma crise global, o que não deve ocorrer”, ressalta.
Inteligência Artificial
Para Volnei Eyng, a I.A é uma tecnologia que realmente vai mudar o mundo economicamente e tecnologicamente, e como a inteligência artificial muda o jogo. “Ela já está mudando o mundo, a forma como o ser humano se relaciona com a máquina e na resolução de problemas das empresas e das pessoas. Não é uma moda. Realmente está acontecendo uma revolução e os Estados Unidos, seguidos pela China, lideram essa transformação. Por todos esses motivos, acho remota a possibilidade de uma recessão nos EUA”, finaliza Eyng.
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