Uber e 99 são as duas empresas de mobilidade mais forte do Brasil – e quando você leva em conta que a 99 é da chinesa Didi Chuxing, do mundo. Não são, porém, um monopólio firme e impossível de competir, existem até alternativas “caseiras”, como é o caso do aplicativo de cooperativa em Araraquara, que tem chamado a atenção por permitir um repasse maior ao motorista.
É um mercado, em outras palavras, aberto. E duas empresas brasileiras, Cosan (CSAN3) e Porto Seguro (PSSA3) tinham celebrado um contrato para atuar na área de Mobitech, no final de 2021. Agora, a Cosan encerra a parceria, citando ter adotado uma diretriz mais conservadora em relação aos investimentos, tendo em vista o “agravamento da conjuntura macroeconômica, níveis mais altos de inflação, escalada das taxas de juros e aumento do custo de capital”.
A Cosan, originalmente uma empresa de combustíveis, vinha em uma forte movimentação de diversificação e atuar na área de mobilidade parecia, no mínimo, interessante – que tipo de tecnologia poderia ser utilizada para facilitar a vida dos motoristas e dar mais previsibilidade de ganhos em uma época de preços de combustível cada vez mais elevados? Agora, dificilmente saberemos.
A Porto, por sua vez, ressalta que continua no mercado de mobilidade através da expansão da sua assinatura de veículos, o “Carro Fácil” – na qual ela investiu mais de R$ 600 milhões. Esse novo momento da indústria de automóveis tem sido disruptivo, com as empresas de aluguel de carro, como a Localiza, partindo na frente para atingir esse público. Até as montadoras estão se movimentando nessa direção.
Movimentos como os realizados por Cosan e Porto mostram que há muito espaço para novas competidoras e novas tecnologias no mercado de mobilidade. Esse não é o último capítulo dessa história – para acompanhar essa e outras histórias do mercado, entre nos nossos grupos de WhatsApp e receba notícias do mercado em tempo real, além de materiais, relatórios e outras informações que vão te ajudar a investir melhor e guardar mais dinheiro.