O apetite do investidor para a renda fixa acabou deixando de lado os ativos mais seguros, como o dólar. Depois de ser o vilão por muito tempo, a divisa americana amargou desvalorização na semana de 5,35%. Com isso, no acumulado do ano a queda é de quase 15%.
Nesta sexta-feira, os dados do IPCA-15 ficaram acima do que esperavam os analistas em 0,95% em março. O índice de dispersão dos preços está na casa acima do 70% e atingindo o núcleo de inflação. Essa seria a inflação “inercial”, ou seja, bem distante e mais difícil de acabar.
O dólar, no interbancário, fechou em queda de 1,75% aos R$4,747 para a venda.
O turismo recuou 1,60% aos R$4,917 para a venda.
O euro ficou em queda de 1,91% aos R$5,214 para a venda.
A libra ficou caiu 1,89% aos R$6,260 para a venda.
O peso argentino caiu 1,54% aos R$0,043 para a venda.
“Os juros altos no Brasil têm trazido muitos investidores, no que queria o BC. O dólar bateu as mínimas nas últimas semanas e voltamos para o cenário de juros altos e câmbio baixo. Aliás, esse era o comportamento que a equipe econômica muito atacava. Diante desse movimento, o Brasil vai garantindo o papel de forte exportador e atraindo mais investimentos”, disse o economista da Valor Investimentos, Piter Carvalho, para o 1Bilhão.
Como nos demais países, a guerra também vem mostrando seu peso nas moedas e nos preços dos produtos. Mas para o Brasil, as sanções impostas para a Rússia estão transformando a nossa posição. “A guerra vem colocando o Brasil em evidência, já que a Rússia acaba deixando essa brecha com as sanções. O dinheiro está entrando e o país vem garantindo o seu lugar como um dos mais importantes entre os emergentes. A oferta de commodities é grande, o que puxa a bolsa para cima com fluxo avançando”, conclui o economista para o 1Bilhão.
Cenário externo
Na bolsa de Nova York, o índice DXY, que compara o movimento das seis moedas mais importantes ante o dólar americano, ficou em estável aos 98,82 pontos.
O euro caiu 0,12% US$ 1.0983 e a libra ficou estável a US$1.3183.
O ouro ficou em alta de 0,43% a US$ 1.953,80 a onça.
O Bitcoin disparou 1,14% a US$44.381,65.
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