Dívida Pública fecha julho em R$ 6,14 tri

Resultado mostra queda de 0,80% do estoque em relação a junho

A Dívida Pública Federal (DPF) encerrou o mês de julho em R$ 6,14 trilhões, uma redução no estoque de R$ 49,24 bilhões (-0,80%) em termos nominais (sem considerar a inflação) em comparação a junho (R$ 6,19 trilhões).

De acordo com o Tesouro Nacional, esse resultado foi impulsionado principalmente pela retração de 0,74% da Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi), que passou de R$ 5,96 trilhões, em junho (pelo resgate líquido), para R$ 5,91 trilhões, em julho. O estoque da Dívida Pública Federal externa (DPFe) caiu 2,17% (termos nominais) no período, encerrando o mês passado em R$ 228,96 bilhões (US$ 48,29 bilhões).

O relatório destaca que o 7º mês de 2023 foi marcado, no cenário externo, com as Treasuries norte-americanas em alta, repercutindo os dados mais fortes de atividade econômica, como o Produto Interno Bruto (PIB), a renda pessoal e serviços do país. Contudo, o movimento mudou a partir da divulgação do CPI [Consumer Price Index] abaixo das expectativas, no dia 12 de julho. Na China, dados mais fracos de balança comercial e PIB elevaram as expectativas por anúncio de estímulos.

No mercado local, a curva de juros apresentou volatilidade, refletindo o cenário externo e as expectativas quanto à postura do Comitê de Política Monetária (Copom) na reunião de agosto. Finalizou o mês com queda na parte curta e alta nos vértices intermediários e longos. O CDS [Credit Default Swap] Brasil alcançou o valor de 164 pontos base no dia 31 de julho (redução de 6,78% em relação a junho), destaca o Tesouro.

“Em julho houve uma forte volatilidade no mercado externo, sobretudo nas Treasuries norte-americanas, que começaram o mês com uma alta muito intensa motivada por dados de atividade; em um segundo momento caíram com dados de inflação, das expectativas, e posteriormente voltaram a subir fortemente em mais uma ocasião”, comentou o coordenador de Operações da Dívida Pública, Roberto Lobarinhas.

Também houve uma valorização das commodities no mês, o que favoreceu os países emergentes. Toda essa volatilidade impactou a curva doméstica de juros, sobretudo nas partes intermediária e longa; enquanto na parte curta caiu alguns pontos, refletindo expectativas de um corte da Selic superior a 25 pontos, como de fato acabou ocorrendo na decisão do Copom em agosto.

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