A Dexco (DXCO3), detentora das marcas Deca, Portinari, Hydra, Duratex, Castelatto, Ceusa e Durafloor, registrou Receita Líquida de R$ 1,95 bilhão no segundo trimestre, redução de 12% na comparação com o 2T22, com leve melhora de margem.
O EBITDA ajustado e recorrente do trimestre foi de R$ 350 milhões, com margem EBITDA de 17,9%. Somado aos resultados advindos do negócio de Celulose Solúvel, representado pela LD Celulose, joint venture com a austríaca Lenzing, a companhia atingiu EBITDA de R$ 500 milhões no trimestre.
O Lucro Líquido foi de R$ 177 milhões no 2T23, sendo R$ 89 milhões das divisões da Dexco e R$ 87 milhões das operações da LD Celulose.
Foram números saudáveis, mesmo diante de um contexto econômico bastante desafiador para os segmentos de atuação da empresa. “Importantes iniciativas relativas ao cenário macroeconômico, como a possível queda da taxa de juros e o anúncio de iniciativas governamentais ligadas ao setor de Construção Civil, devem apoiar uma possível melhora do mercado nos próximos trimestres”, destaca Antonio Joaquim de Oliveira, CEO da Dexco.
Gestão estratégica e investimentos
A companhia aproveita para anunciar que concluirá os projetos em andamento no Ciclo de Investimentos, anunciado em julho de 2021, até 2025. Com isso, a redução é a estimativa de investimentos em R$ 300 milhões, de um custo estimado em outubro de 2022 em quase R$ 2,1 bilhões, para cerca de R$ 1,8 bilhão (agosto de 2023).
O aumento de dispêndio observado na construção da nova fábrica de revestimentos cerâmicos em Botucatu/SP foi compensado parcialmente pelos ganhos nos projetos relativos ao desgargalamento e melhora de mix da Madeira e pela redução dos investimentos previstos para as divisões de metais e louças.
Ainda, neste trimestre foram investidos R$ 51 milhões em projetos de produtividade, melhora de mix e automação de Deca.
Outros R$ 84 milhões na construção da nova unidade de revestimentos em Botucatu (SP). Além de R$ 11 milhões para melhora de mix de painéis de madeira (novas linhas de revestimento de painéis), melhorias fabris e a expansão da base florestal no Nordeste.
“Essa soma de fatores de solidez financeira proporcionou à Dexco a reafirmação dos ratings global e nacional em “BB+” e “AAA” pela Fitch, respectivamente. Além disso, a agência Moody’s atribuiu à Dexco um rating comparativo inicial de longo prazo ‘AAA’, com perspectiva estável, que reflete a nossa sólida posição competitiva como uma das líderes nos mercados nos quais atuamos, a prudente gestão financeira e o nosso compromisso de manutenção de sólida posição de liquidez”, afirma Francisco Semeraro, CFO da empresa.
A empresa também investiu R$ 142 milhões em Capex Sustaining, com foco na recomposição de ativos florestais. “A Dexco confia na estratégia de investimento no incremento do seu ativo florestal, pois entende que esse será um importante diferencial para o futuro, diante da menor disponibilidade de madeira no Brasil”, complementa o executivo.