O Índice de Confiança da Indústria (ICI) do FGV IBRE subiu 2,4 pontos em abril, para 97,4 pontos, a primeira alta após oito quedas consecutivas. Na métrica de médias móveis trimestrais o índice ainda manteve a tendência de queda, ao recuar 0,3 ponto no mês.
“Influenciada pela redução dos problemas com o fornecimento de insumos e pelas passagens do surto da variante da Ômicron e do momento de maior pessimismo com os potenciais impactos da Guerra Rússia-Ucrânia, a alta da confiança industrial em abril pode ser interpretada como um movimento no sentido da normalização das atividades no setor. Os indicadores relacionados ao momento presente caminham para níveis de neutralidade e as expectativas tornaram-se menos pessimistas com destaque para as avaliações favoráveis em relação à demanda externa”, comenta Aloisio Campelo Jr., economista do FGV IBRE.
Em abril, houve alta de 11 dos 19 segmentos monitorados pela Sondagem. O Índice Situação Atual (ISA) avançou 1,4 ponto, para 98,4 pontos. O Índice de Expectativas (IE) subiu 3,2 pontos para 96,0 pontos. Ambos os índices voltam a subir após recuarem por oito meses.
Entre os quesitos que integram o ISA, o melhor desempenho ocorreu no indicador que mede o a percepção dos empresários em relação à situação atual dos negócios, com alta de 6,8 pontos, para 98,6 pontos. No sentido oposto, o indicador de nível dos estoques recuou 8,4 pontos, para 96,1 pontos. Quando este indicador está abaixo de 100 pontos, sinaliza que a indústria está operando com estoques excessivos (ou acima do desejável). O indicador de demanda total subiu 5,8 pontos para 100,3 pontos, voltando a subir após perder 17,4 pontos nos nove meses anteriores.
Dos indicadores que integram o IE, a produção prevista para os três meses seguintes foi o que mais influenciou na alta do ICI em abril, ao subir 4,8 pontos, para 95,1 pontos. Já o indicador de tendência dos negócios para os seis meses seguintes recuperou 4,2 pontos dos 16,8 pontos perdidos nos oito meses anteriores, fechando o mês em 92,8 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria recuou 0,4 ponto percentual em março, para 79,8%.