A Companhia Brasileira de Propriedades Agrícolas (BrasilAgro), listada sob o ticker AGRO3, anunciou nesta segunda-feira (25) oferta de ações com esforços restritos de até 25.470.710 ações ordinárias, que deve ser precificada em 3 de fevereiro.
A operação contempla a distribuição primária de 20 milhões de ações e pode ser acrescida em até 5.470.710 papéis em poder do Autonomy Luxembourg One S.à r.l (acionista vendedor na oferta secundária) para atender eventual excesso de demanda.
Valor de fechamento
Considerando o valor de fechamento das ações da BrasilAgro na sexta-feira, de R$ 26,39, a oferta totaliza R$ 527,8 milhões. Incluindo as ações adicionais, com distribuição secundária, o valor alcança R$ 672,2 milhões.
A BrasilAgro afirmou que usará os recursos da oferta para a aquisição de ativos na Bolívia, terras para exploração e desenvolvimento de propriedades agrícolas, bem como investirá em negócios para otimizar e alavancar suas atividades operacionais.
A oferta está sendo coordenada por BTG Pactual e XP Investimentos.
Expansão
Em meio a preços recorde de soja e milho, a BrasilAgro, cujo foco está na aquisição, desenvolvimento e venda de propriedades rurais, planeja consolidar o aumento de sua área de cultivo nesta safra 2020/21, para a qual a empresa tem perspectivas positivas.
A companhia informou que encerrou o primeiro trimestre da temporada (julho a setembro de 2020) com lucro líquido de R$ 75,6 milhões, 86,4% maior que em igual período do exercício anterior.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) aumentou 86,8%, para R$ 81 milhões, e a receita líquida total registrou alta de 24%, para R$ 229 milhões.
Em 2020/21, o incremento da área cultivada da companhia deverá ser de 1,3%, para 155,2 mil hectares. A soja tende a ocupar 59,8 mil hectares, 10,1% mais que em 2019/20, e para o milho de verão a previsão é de leve avanço, para 7,09 mil hectares.
No caso da safrinha do cereal, que será semeada depois da colheita de soja, ainda há incertezas. A projeção de 16,3 mil hectares poderá sofrer alterações, em razão do atraso nos trabalhos de plantio da oleaginosa, prejudicados pela escassez de chuvas de setembro e da primeira quinzena de outubro.
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