Investimentos no futebol estão se popularizando no Brasil, após a introdução da SAF (Sociedade Anônima do Futebol), que permite que clubes sejam vendidos ou até mesmo abram capital em bolsa de valores – o que ainda não aconteceu. É um segmento promissor para o futuro: na Europa e nos Estados Unidos, vários clubes possuem capital aberto, como Manchester United, Juventus, Borussia Dortmund e Arsenal.
Por aqui, até agora foram três grandes operações: na Série A, Botafogo vendeu 90% do clube para o bilionário John Textor (dono do Crystal Palace, da Inglaterra), por R$ 400 milhões. Na Série B, o Cruzeiro vendeu 90% por R$ 400 milhões para o ex-jogador Ronaldo (que começou a carreira no clube e foi duramente cobrado no final do ano), enquanto o Vasco negociou 70% por R$ 700 milhões para o fundo 777 Sports, que administra o Genoa, da Itália.
Agora, o Atlético Mineiro, atual campeão brasileiro e da Copa do Brasil, recebeu uma oferta de R$ 1 bilhão por 51% – avaliando o clube em R$ 2 bilhões -, de acordo com o Globo Esporte, direto do Grupo City, que administra 11 clubes ao redor do mundo – entre eles o Manchester City e o New York City Football Club. O grupo estaria buscando um clube para ser o carro-chefe na América do Sul, como o Man City é na Europa e o NYCFC é na América do Norte. Atualmente ele controla o Montivideo City, do Uruguai e o Bolívar, da Bolívia.
O clube tem a maior dívida do Brasil, em R$ 1,3 bilhão, mas vem recebendo fortes investimentos de um grupo de quatro torcedores bilionários: Rubens Menin e Rafael Menin, da MRV Engenharia (MRVE3) e Banco Inter (BIDI11), Ricardo Guimarães, do Banco BMG (BMGB4) e Renato Salvador, do Materdei (MATD3). Os quatro são tidos como sócios potenciais para a SAF do clube no futuro – e como os quatro são acionistas de empresas de capital aberto, uma abertura na bolsa não é descartada.
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