Ficar otimista com a bolsa brasileira não tem sido tarefa fácil – cá estamos novamente presos perto dos 100.000 pontos, sem muita perspectiva de altas, com diversas ações “baratas como nunca”. Mas há um motivo para acreditar em dias melhores, na verdade, há 100 bilhões de motivos.
Afinal R$ 102,3 bilhões foi o saldo líquido do fluxo de estrangeiros na B3, a maior marca desde o começo da série histórica, em 2008. Aliás, esse número é mais que o dobro que os R$ 50,7 bilhões vistos em 2009, que até hoje tinha sido o recorde. Só o mês de dezembro, com fluxo de R$ 14,5 bilhões, supera os últimos três anos somados. 2020 tinha sido um ano tímido, com saldo de US$ 7,4 bilhões.
Agora, os estrangeiros representam 50,2% da bolsa nacional, enquanto as instituições nacionais representam 25,7%. As 4,08 milhões de pessoas físicas representam 18,6% da bolsa, embora sua posição tenha tido leve alta de 6,6% de 2020 para 2021, batendo R$ 482,3 bilhões.
O fluxo de estrangeiros é costumeiramente utilizado por muitos investidores para saber se a bolsa deve subir nos próximos meses – os “gringos” tendem a comprar quando está barato e tendem a vender quanto está caro. Se você segue esta tendência, deve acreditar os próximos meses deverão ser extremamente positivos para a bolsa, muito embora outros fatores (como o saldo acumulado) estejam abaixo da média histórica.
Estes, com certeza estarão otimistas. Se estarão certos, só o tempo irá dizer. A média das previsões das instituições financeiras é de um Ibovespa a 124.500 pontos no final de 2022, o que representaria uma alta de 22% frente os 102.000 pontos desta sexta-feira (7).
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