Nesta quarta-feira (7), acontece o leilão para que a Oi (OIBR3 e OIBR4) consiga se desfazer de parte da InfraCo, que representa a rede de fibra óptica com mais de 400 mil quilômetros de extensão da empresa.
O evento conta com a coordenação da sétima Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, responsável pelo processo de recuperação judicial da companhia.
Entenda a venda para o BTG Pactual
Em abril deste ano, a Oi recebeu uma proposta do BTG Pactual (BPAC11) e Globenet para adquirir 57,9% do capital social votante da InfraCo, por R$12,9 bilhões.
A propósito, a ideia inicial era leiloar 51% da companhia, porém a telecom aceitou a proposta, fechada em R$7,65 bilhões. Em princípio, a explicação se deve ao fator da venda da Globonet ao BTG em 2014. Em suma, a empresa é avaliada em R$ 1,5 bilhão.
A partir de então, a Oi se tornou cliente direta da Globonet e alugará a empresa até 2028, criando um débito com o banco.
Desse modo, a oferta do BTG envolve as dívidas da Oi com a Globonet. Portanto, o banco abate um valor de R$ 3,75 bilhões para aliviar as dívidas da companhia até 2024.
Os recursos deste acordo são fundamentais para empresa, posto que assim conseguiria seguir com planos de crescimento e reduzir as dívidas.
Avaliação dos analistas
Sob análise da Levante Ideias de Investimento, a venda de ativos age como um passo fundamental para a companhia Oi.
“Mesmo assim, acreditamos que o cenário atual já era o esperado pelo mercado, por isso não deve ter impactos significativos no preço das ações da companhia”, avalia a Levante Ideias.
Interesse de venda de ativos
Em 2020, outras empresas demonstraram interesse e apresentaram propostas para comprar a InfraCo. Por exemplo, a Canada Pension PLan Investiment Board, Digital Colony, Highline, além da acionista Brookfield Asset Management.