IPO: Iguá Saneamento volta a pedir registro para oferta pública inicial

A Iguá Saneamento anunciou nesta segunda-feira (7) que pediu registro para sua oferta inicial de ações (IPO), na terceira tentativa de se listar na bolsa paulista.

A companhia, que tem entre os acionistas o braço de participações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDESPar), havia pedido registro para a oferta em agosto do ano passado, mas interrrompeu a operação devido às condições adversas do mercado.

Setembro

Em setembro passado, anunciou retomada do processo, mas logo depois o suspendeu pelos mesmos motivos citados na desistência anterior. A operação envolverá ofertas primária e secundária de ações, segundo fato relevante divulgado nesta segunda.

Criada em 2017, a Iguá opera em 18 cidades em cinco Estados (São Paulo, Mato Grosso, Paraná, Santa Catarina e Alagoas).

Em julho

Em julho, o presidente Jair Bolsonaro sancionou o marco regulatório do saneamento básico, tema que estava há anos no Congresso e que deve abrir caminho para o aumento da presença da iniciativa privada no setor.

CPPIB

O fundo de pensão canadense CPPIB (Canada Pension Plan Investment Board) está negociando a compra de uma participação bilionária na empresa de saneamento Iguá.

Segundo o Valor Econômico, a transação vai envolver tranches secundária e primária. As conversas começaram há cerca de três semanas  também envolvendo outros fundos e operadores do setor de energia e infraestrutura, mas o CPPIB conseguiu agora garantir exclusividade temporária na negociação.

Ponto de partida

O ponto de partida do negócio é a venda de participação de dois sócios minoritários da Iguá, que decidiram não esperar uma nova janela da bolsa para fazer sua saída por meio de uma oferta de ações.

A Iguá tentou fazer IPO este ano, mas acabou deixando a operação para o ano que vem. O fundo Cyan, do empresário Flávio Guimarães, e o banco Bradesco, que é acionista indireto por meio de um derivativo financeiro, detêm entre 25% e 30% da companhia, considerando suas fatias dentro do fundo de participações controlador da Iguá.

A Cyan e o banco estão no capital da Iguá desde seus tempos de CAB Ambiental – a CAB virou Iguá quando a Galvão Participações, envolvida na Operação Lava-Jato, vendeu o controle para a gestora de private equity IG4.