O Banco Central da Inglaterra – BOE deixou a taxa de juros em 5,25%. A decisão do Comitê de Política Monetária (MPC) foi definida na manhã desta quinta-feira (14).
No comunicado, o MPC destacou a meta de inflação de 2% de uma forma que ajude a sustentar o crescimento e o emprego. “O MPC votou por uma maioria de 6 a 3 para manter a taxa bancária em 5,25%. Três membros preferiram aumentar a taxa Bancária em 0,25 pontos percentuais, para 5,5%”, disse o MPC no comunicado.
Nas projeções do relatório de novembro do MPC, condicionadas a uma trajetória implícita no mercado para a Taxa Bancária, sugeriu a taxa em 5,25% até ao terceiro trimestre de 2024 e depois diminuiu gradualmente para 4,25% até ao final de 2026.
Para isso, era esperado que o PIB permanecesse globalmente estável na primeira metade do período de previsão, refletindo em parte uma oferta potencial relativamente fraca, e previa-se que surgisse um grau crescente de folga econômica a partir do início do próximo ano. Na projeção mais provável, ou modal, a inflação medida pelo IPC é de que volte para a meta de 2% no final de 2025.
A inflação dos preços dos serviços permaneceu superior à inflação global medida pelo IPC, em 6,6% em outubro, uma queda de 0,3 pp em relação a setembro e 0,3 pp abaixo do esperado no relatório de novembro.” Estas notícias negativas, no entanto, foram explicadas por componentes que normalmente não eram indicadores fiáveis de tendências na persistência inflacionista, tais como rendas não privadas, alojamento e tarifas aéreas. Excluindo estas componentes, a inflação dos serviços manteve-se mais estável, mantendo taxas elevadas, em linha com os seis meses anteriores.”
Decisão
O MPC continuará monitorando de perto as indicações de pressões inflacionistas persistentes e de resiliência na economia como um todo, incluindo uma série de medidas da rigidez subjacente das condições do mercado de trabalho, do crescimento salarial e da inflação dos preços dos serviços.
A política monetária deverá ficar suficientemente restritiva durante um período suficiente para que a inflação regresse ao objetivo de 2% de forma sustentável no médio prazo, em linha com o mandato do Comitê. “Tal como ilustrado pelas projeções do Relatório de Política Monetária de Novembro, o Comitê continuou a considerar que a política monetária provavelmente necessitará ser restritiva por um longo período de tempo. Seria necessário um maior aperto na política monetária se houvesse evidência de pressões inflacionistas mais persistentes”, fechou.
O presidente do BOE, Andrew Bailey, vai detalhar decisão em coletiva de imprensa.
*Todas as informações são do MPC
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