O Ibovespa voltou e caiu no pregão desta segunda-feira (30), isso depois da abertura com gap mais positivo. As atenções dos investidores estavam totalmente voltadas para o ambiente interno.
Pela manhã, ainda, as expectativas do mercado estavam elevadas para a coletiva de imprensa do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em Brasília, que tinha como objetivo anunciar os novos nomes de indicados para cargos no Banco Central do Brasil – BCB a partir do ano que vem. No entanto, o ministro Haddad abriu para perguntas dos jornalistas e foi questionado sobre a declaração do presidente Lula da Silva de que “dificilmente” vai conseguir zerar a meta fiscal em 2024. O ministro visivelmente irritado disse que sua meta continua sendo de buscar o equilíbrio das contas públicas, mas por moderação não definiu um número.
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O ministro também listou alguns fatores que estão impedindo a arrecadação de impostos e não mediu para citar alguns órgãos que estão pesando nessa questão.
Para Haddad, a política de juros altos pelo Banco Central do Brasil pesa na atividade, reduz lucro de empresas e na arrecadação de impostos.
Sobrou também para o Congresso, que não avança com a pauta para as devidas reformas e citou que a MP de taxação dos fundos offshore e exclusivos não andou e fez o Governo usar PL. Mais ainda, a proposta de redução das subvenções tributárias, que retiraria R$ 200 bilhões da base de cálculo dos impostos.
Sem citar o nome da empresa, já que os dados são públicos, o ministro Haddad disse que um fabricante de cigarros conseguiu o direito da devolução em PIS/COFINS. “São quase R$5 bilhões que foram devolvidos a uma única empresa. O tributo foi pago pelo contribuinte e não pago por ela […..]. O meu papel é buscar o equilíbrio fiscal enquanto estiver no cargo. Ponto”, disparou Fernando Haddad, que encerrou a coletiva sem responder mais perguntas.
Índice: o Ibovespa ficou em queda de 0,68% aos 112.531 pontos. O volume financeiro ficou em R$18,69 bilhões.
“O mercado começou o dia com atenção nos indicadores internos, como o IGP-M avançando, mas menos que o esperado, talvez por isso de um gap de abertura mais positivo para o índice e mais negativo para o dólar. Além disso, o mercado ficou lateral no aguardo da fala do ministro Haddad, já que era esperada depois das declarações do presidente Lula de que ‘dificilmente’ seria possível zerar a meta fiscal para 2024. Logo depois da fala de Haddad, o que se viu foi um fluxo vendedor no índice e comprador no dólar”, avaliou a analista da Toro Investimentos, Gabriela Sporch, que completou: “o ministro tentou justificar que está buscando um equilíbrio nas metas fiscais e que vai ‘buscar essas medidas justas e necessárias’. Ele não bateu o martelo e deixou no ar para 2024 se vai ser zerado ou não. Os juros futuros subiram mais de 3% neste momento.”
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Ações com ganhos
Usiminas PNA (USIM5), alta de 4,49%; CCR ON (CCRO3), alta de 2,54%; Dexco ON (DXCO3), alta de 1,83%; CSN Mineração ON (CMIN3), alta de 2,42%; WEG ON (WEGE3), alta de 2,12%.
Ações com perdas
Casas Bahia ON (BHIA3), queda de 6,25%; Magazine Luiza ON (MGLU3), queda de 6,16%; Braskem PNA (BRKM5), queda de 5,47%; Hypera ON (HYPE3), queda de 4,72%; Petz ON (PETZ3), queda de 4,86%.
Mais negociadas
Vale ON (VALE3), alta de 0,90%; Petrobras PN (PETR4), queda de 1,02%; WEG ON (WEGE3), alta de 2,12%; B3 ON (B3SA3), queda de 1,07%; Bradesco PN (BBDC4), queda de 1,11%.
Carteira Teórica
Na Carteira Teórica do Índice Bovespa, que passou a vigorar de 04 de setembro a 29 de dezembro de 2023, estão os cinco ativos que apresentaram o maior peso na composição do índice foram: Vale ON (14,766%); Petrobras PN (7,214%); Itaú Unibanco PN (6,428%); Petrobras ON (4,467%); e B3 ON (3,579%).
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